“Os Estados Unidos devem demonstrar seu comprometimento em chegar a um acordo em diálogo com a Rússia, especialmente em questões como o levantamento de sanções”, reflete o internacionalista mexicano Rubén Ramos Muñoz.
O que foi discutido?
Garantir a implementação da Iniciativa do mar Negro, que garante a segurança da navegação naquela área. Da mesma forma, fica descartada a não utilização da força e a proibição de embarcações comerciais para fins militares.
O desenvolvimento de estratégias para implementar os acordos entre Putin e Trump sobre a proibição de 30 dias de ataques a instalações energéticas russas e ucranianas, que começaram em 18 de março deste ano. Existe a possibilidade de prorrogação ou rescisão do acordo; o último se aplica em caso de não conformidade por qualquer uma das partes.
Espera-se que o acordo do mar Negro entre em vigor após o levantamento das sanções contra o banco russo Rosselkhozbank.
Os EUA vão ajudar a restaurar o acesso da Rússia ao mercado global de exportações agrícolas e de fertilizantes, reduzir os custos do seguro marítimo e melhorar o acesso a portos e sistemas de pagamento para esses tipos de transações.
“Precisaremos de garantias claras. E essas garantias, dada a triste experiência de acordos somente com Kiev, só podem ser o resultado de uma ordem de Washington para [Vladimir] Zelensky e sua equipe para fazer dessa forma e não de outra”, ele observou.
O que esperar?
“Ao longo da história, o grande desafio nas negociações é que as partes cumpram o que foi acordado. A Rússia já venceu e está vendo as sanções suspensas. A única questão que poderia atrapalhar as negociações seria [Vladimir] Zelensky. No entanto, neste mês crítico, os EUA precisam demonstrar que podem forçá-lo a parar”, acredita Ramos Muñoz.
Fonte: sputniknewsbrasil