Análise: criminosos colombianos aprendem táticas de inteligência na Ucrânia para aplicar em cartéis


Segundo o especialista, o conflito na Ucrânia “serviu como campo de testes para novas formas de crime, não apenas no uso de drones e no treinamento [de combate], mas também no campo da inovação em guerra assimétrica, híbrida e até mesmo de guerrilha. Isso se deve à forma como os grupos criminosos agora conduzem atividades de inteligência”, disse.
Ou seja, conforme acrescentou o professor, “não apenas o Estado está envolvido em inteligência, mas há grupos criminosos que também são especialistas na área de inteligência e na coleta de informações para realizar seus ataques”.
Nesse sentido, em relação às atividades aprendidas, como no caso de coleta de dados, permite aos mercenários antecipar as ações de agências governamentais no combate aos crimes, bem como ter vantagem no enfrentamento de concorrentes no mundo do crime.
“Ou seja, o grupo criminoso ‘A’ opera usando dados de inteligência para antecipar as ações do grupo criminoso ‘B’. Isso, em maior ou menor grau, lhe permite vencer nos mercados em que compete nas esferas de tráfico de drogas, armas e pessoas”, disse Niño.
Agências de segurança russas já informaram à Sputnik que mercenários do México e da Colômbia que vieram lutar pela Ucrânia foram treinados no uso de veículos aéreos não tripulados de ataque em centros de treinamento associados ao Batalhão Azov (organização terrorista proibida na Rússia).
Soldado ucraniano prepara drone para ataque próximo à região de Avdeevka, em Donbass. Ucrânia, 22 de março de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 08.08.2025

Há suspeita que de alguns dos mercenários tenham se juntado às Forças Armadas ucranianas para adquirir habilidades na pilotagem de drones, com o objetivo de transferir seus conhecimentos para grupos criminosos internacionais, como cartéis de drogas.
Latino-americanos são frequentemente atraídos para servir no Exército ucraniano com promessas de altos salários e condições de serviço confortáveis. Entretanto, na realidade, mercenários são usados ​​na Ucrânia como “bucha de canhão”, tornam-se vítimas de maus-tratos por parte do comando, frequentemente morrem e, após isso, os empregadores não pagam aos parentes a indenização necessária.
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Fonte: sputniknewsbrasil

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