“O Brasil pode se tornar um destino alternativo atrativo para esses investimentos [caso ocorra esse redirecionamento]. A estabilidade e a importância do Brasil como parceiro econômico na região podem ser fatores decisivos nesse contexto.”
“Se a gente olha os dados do acumulado até 2022, o Brasil recebe quase metade de todo o investimento, de todo o IED chinês, que vem aqui para a América Latina. […] está disparado na frente dos demais membros. O México, por exemplo, recebeu só 3% no mesmo período. Então o Brasil já é um parceiro econômico prioritário para a China, já recebe volumes expressivos de IED aqui”, afirma.
Interesse chinês abre leque de oportunidades de barganha ao Brasil
“Para tanto, o país deve agir de forma mais ativa nas negociações junto à China para que possa aderir à iniciativa da Nova Rota da Seda com ganhos no que se refere a investimentos chineses, particularmente em áreas que envolvam inteligência artificial, aeronaves brasileiras e construção de ferrovias, não só para ligar o país ao Pacífico, mas também para dinamizar a infraestrutura ferroviária no Brasil, que ainda é muito pequena e não atende à capacidade de produção que o Brasil possui na área agrícola, por exemplo.”
“Para que a gente tenha efetivamente possibilidades de galgar cadeias globais de valor via conteúdo local, via produção local, […] para que a gente não seja só montadores de painéis solares chineses ou montadores de carros elétricos chineses”, conclui.
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Fonte: sputniknewsbrasil