Como explicar essa mudança?
“Pode-se dizer que [a luta entre Morales e Arce] é o elemento central, não o único, mas um elemento central dessa situação“, observa o analista venezuelano.
“Como é possível que o eleitorado tenha mudado suas preferências eleitorais tão drasticamente em um período tão curto? Portanto, podemos estar vendo elementos de manipulação aqui“, observa o analista.
Boric, um cavalo de Troia da direita?
“Podemos dizer que o discurso de direita foi comprado por Boric em muitos aspectos e o eleitorado acabou preferindo votar em um candidato de direita original e não em uma cópia”, afirma Pulgar.
Existe uma direita organizada na região?
‘O continente se voltou para a direita há muito tempo’
“Vejo que o continente se deslocou para a direita há muito tempo; este é apenas o efeito colateral. Na realidade, não havia boas perspectivas há algum tempo; [os projetos progressistas] haviam fracassado por vários motivos. Mesmo onde poderíamos considerar esses governos ainda no poder, como no caso da Colômbia ou do Brasil, eu diria que […] eles nunca tiveram a capacidade de construir maiorias tão esmagadoras como no passado“, observa Ortega Reyna.
A esquerda está em crise?
“Isso não significa que haverá uma hegemonia conservadora a longo prazo […], porque a direita também não tem um projeto a longo prazo. Ninguém tem um projeto a longo prazo”, aponta o analista.
“Milei é um exemplo: ele é muito popular. Apesar de tudo o que se possa dizer sobre ele, é uma figura popular internamente, mas está transmitindo mensagens desconectadas da realidade. Ele pensa em uma era neoliberal, e esse mundo acabou”, afirma.
“A esquerda governou por muitos anos, e agora é hora de dar mais um passo, para ver se consegue no próximo ciclo. Não conseguiu neste, e foi aí que esse momento, chamado de onda rosa, terminou há algum tempo; estamos apenas vendo como o partido está sendo limpo“, concluiu.
Fonte: sputniknewsbrasil










