Os dados estão no relatório Perspectivas Econômicas da América Latina 2024: Financiando o Desenvolvimento Sustentável, elaborado pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), pela CAF – Banco de Desenvolvimento da América Latina e pela Comissão Europeia (CE).
O relatório identifica como prioridade que os países da região melhorem a forma como os impostos são cobrados, ajustem a estrutura tributária ou potencializem os impostos existentes para reduzir desigualdades, contribuir para a transição verde, impulsionar os resultados na área da saúde e promover o empreendedorismo.
Dentre os principais desafios, o estudo destaca os altos índices de pobreza (cerca de 27%), a elevada inflação e a enorme dependência de impostos indiretos, como o Imposto sobre Valor Agregado (em média, 48% a nível regional).
Outro problema, segundo a pesquisa, é o fato de que cerca de 34% do financiamento para promover o desenvolvimento é destinado às empresas, principalmente pequenas e médias (PMEs), mas, quando se trata de “transição verde, igualdade de gênero, transformação digital ou inovação”, o percentual despenca para 19%.
Durante a apresentação do levantamento, em Madri, o secretário-geral Ibero-Americano (SEGIB), Andrés Allamand, afirmou que se trata de “uma cifra impressionante” que, para ser alcançada, enfrenta o “enorme problema” do trabalho informal e da “baixa arrecadação tributária”.
A isso se soma o protecionismo adotado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, alertou Allamand, para quem a guerra tarifária afetará principalmente os países em desenvolvimento.
A secretária de Estado de Cooperação Internacional da Espanha, Eva Granados, acrescentou que as tarifas impostas pelos EUA tornam as alianças internacionais ainda mais necessárias.
Fonte: sputniknewsbrasil