Alunos de USP e Unifesp denunciam pichações nazistas


Conforme informou o Estado de S. Paulo, o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da USP recebeu denúncia na última segunda-feira (28) de que oito símbolos nazistas foram desenhados no espaço de vivência estudantil do DCE, no campus Butantã, na zona oeste de São Paulo. Em seguida, o mesmo ocorreu na Faculdade de Direito da USP.
Beatriz Calderon, diretora do DCE Livre da USP e do Coletivo Juntos, afirmou que a pichação é um ataque preocupante.
“Foi um ataque bem sério. Nós usamos muito a marca antifascista, desde que fomos eleitos. Ela está na nossa bandeira, pois a gente acredita que a universidade é e precisa seguir sempre sendo um território antifascista. Não existe espaço para esse tipo de pensamento dentro da universidade”, disse a representante estudantil.
“Estamos agora aguardando nosso setor jurídico para fazer um boletim de ocorrência. Para verificar qual a melhor maneira de atuar. Também vamos organizar uma campanha antifascista na universidade. Estamos montando um dossiê que documenta esse e outros casos, não com esse teor, mas situações graves também”, completou.
Em nota, a USP diz que está apurando o caso e que não admite apologia ao nazismo em suas dependências.

A USP não admite qualquer forma de apologia ao nazismo e ao preconceito racial em suas dependências. O centro de vivência é um espaço administrado pelos alunos, onde são realizadas atividades promovidas pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE), que, como toda a USP, é vítima dessa agressão inominável. Ontem, dia 29/11, por volta das 18h, a Guarda Universitária esteve no local, identificou as suásticas e solicitou aos responsáveis pelo DCE que as pichações fossem apagadas imediatamente. A Universidade apura, em conjunto ao DCE, a identificação do autor ou autores das pichações.”

Segundo noticiou o G1, na Unifesp, uma pichação com uma suástica foi encontrada em um banheiro masculino do campus de Guarulhos atrelada à frase “Maurício CPF cancelado”. O estudante alvo do ataque, Maurício Monteiro, do curso de história, acionou a diretoria da universidade e abriu um boletim de ocorrência na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi).
“Sendo essa uma ameaça à minha integridade física dentro e fora do campus. Visto que sou um estudante negro, da periferia, LGBTQIAP+, com um compromisso e ativismo da causa negra”, apontou o estudante.

Em nota, a Unifesp afirmou que “a instituição, por meio da direção do campus Guarulhos, após ser informada a respeito de ameaças vinculadas à suástica, símbolo nazista, inscritas nas paredes de um de nossos espaços, está tomando as medidas cabíveis, como o lavramento de Boletim de Ocorrência junto à Polícia Federal, e se colocando à disposição das autoridades para contribuir com o objetivo de esclarecer a autoria”.

Fonte: sputniknewsbrasil

Anteriores Polícia Civil cumpre 16 mandados judiciais contra o tráfico de drogas em Alta Floresta
Próxima Cyril Ramaphosa tem presidência ameaçada após júri determinar ‘abuso de poder’, diz mídia