Em decorrência de o avanço de 0,23% do IPCA em agosto último – no comparativo mensal, medido pelo IBGE – ter ficado abaixo da expectativa do mercado, as taxas de prefixados do Tesouro Direto apresentaram viés de queda, nesta terça-feira (12), precedida por ajuste de posições na parte intermediária da curva de juros.
Após cair para 10,23%, o Tesouro Direto 2026 sofreu correção para 10,09%. Já a taxa do prefixado para 2029, após descer 11%, passou para 10,93%, enquanto o papel para 2033, baixou de 11,22% para 11,20%.
Já os títulos indexados à inflação operaram em leve alta, com a rentabilidade do IPCA+ 2032 crescendo de 5,30% para 5,31%, e a do Tesouro IPCA+ 2040 indo de 5,48% para 5,50%. Tal qual uma gangorra, toda vez que as taxas dos títulos públicos, oferecidos no Tesouro Direto, caem, o preço unitário desses papéis sobe, em seguida. No caso do Tesouro Prefixado 2029, por exemplo, o preço unitário do título subiu de R$ 576,01 para R$ 578,17.
Dessa forma, a valorização do papel acende o sinal para que o investidor venda o título por uma taxa maior, mas um valor inferior. No acumulado do ano, o Tesouro Prefixado 2029 contabiliza valorização de 18,83%.
Para o head de renda variável e sócio da A7 Capital, Andre Fernandes, “o número é positivo para o mercado, pois já estamos observando que a curva de juros segue devolvendo prêmio e está caindo após a divulgação do dado”.
Títulos Soberanos Sustentáveis – Na semana passada, o governo brasileiro lançou o chamado arcabouço brasileiro para Títulos Soberanos Sustentáveis, como marco preparatório para a emissão de títulos públicos verdes pelo Tesouro Nacional no mercado externo.
Por meio de um non-deal road show, iniciado nesta segunda-feira (11) e com encerramento previsto para o próximo dia 15, investidores estrangeiros terão a oportunidade de conhecer a proposta brasileira. A princípio, a previsão é de que a emissão dos papéis ocorra ainda este ano, mas a data exata do evento está condicionada à ‘janela de oportunidade’ do mercado.
Fonte: capitalist