Almirante Olsen nos 80 anos do Dia da Vitória: ‘Quem não reverencia o passado não merece o futuro’


O evento aconteceu no Espaço Cultural da Marinha, no Rio de Janeiro (RJ). Além do almirante de esquadra Marcos Sampaio Olsen, outros oficiais da força e civis participaram da cerimônia.
Durante a celebração, foram prestadas homenagens aos heróis do mar. Dois oficiais carregaram uma coroa de flores para lembrar daqueles que perderam suas vidas, em decorrência de ataques promovidos por forças do Eixo.
Também participou do evento e recebeu homenagens o primeiro-tenente José Osório de Oliveira Filho, um dos militares da Marinha que protegeram o litoral brasileiro durante a Segunda Guerra Mundial.
Além das homenagens, durante a cerimônia foi lançado o livro “A bordo do contratorpedeiro Barbacena“, de autoria do vice-almirante João Carlos Gonçalves Caminha, que destaca o comandante de um contratorpedeiro que, juntamente de sua tripulação, enfrentou inúmeros desafios no contexto da Segunda Guerra Mundial.
Relembrar os 80 anos do Dia da Vitória, segundo o almirante Olsen, é de suma importância. “Quem não reverencia o passado não merece o futuro“, destacou em fala à imprensa.
O comandante da Marinha também ressaltou as muitas lições a tirar ao reexaminar esse passado, desde a de que a sociedade brasileira deve ser mais atenta às questões de defesa a um entendimento de que o Brasil é inviável sem o uso do mar.
“É preciso que na atualidade a gente tenha o entendimento de que o Brasil é inviável sem o uso do mar. Ali está toda a economia: 97% das nossas exportações se dão através de rotas marítimas, 97% do petróleo, 83% do gás; 54% da tripulação reside em uma faixa de 150 km do litoral; 70% do nosso turismo, é um turismo de sol e mar. Nós temos uma indústria oceânica que é a sétima economia do mundo. Então nós temos muito o que explorar no mar“, disse.
Quem também falou sobre o passado e o contexto da Segunda Guerra Mundial foi o homenageado primeiro-tenente José Osório de Oliveira Filho, recordando o que para ele foi o maior desafio naquele período: estar a bordo dos navios e a expectativa de combate.

“No Almirante Saldanha passei alguns momentos difíceis, porque, quando nós voltávamos, pegamos um furacão, e o navio por pouco não afundou com todo mundo. Rasgou pano, quebrou mastros, e nós conseguimos sair da situação e chegar até Newcastle, na Inglaterra. Ali passamos dois meses consertando o navio, para depois vir para o Brasil. Isso aí foi uma parte bem difícil”, lembrou.

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Fonte: sputniknewsbrasil

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