De acordo com a CNN, enquanto o ex-presidente Bolsonaro “não largar o osso” para oportunizar uma possível candidatura de Tarcísio à presidência em 2026, a direita seguirá preocupada e divida entre agradar ao ex-presidente ou atropelar seu projeto até então bem-sucedido para apoiar um novo expoente.
Segundo a mídia, fontes próximas a Tarcísio expressaram temor de que a insistência de Bolsonaro de se manter a figura central da direita brasileira possa “enforcar qualquer projeto presidencial” do atual governador paulista, prejudicando o campo político nas próximas eleições.
Figuras como Michelle Bolsonaro (PL) e o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo-MG), já aparecem nas pesquisas espontâneas, indicando uma ampliação do leque de opções para o eleitorado conservador, mas se Bolsonaro continuar concentrando seu capital político ao redor de uma difícil candidatura, essas forças podem acabar desarticuladas.
Mesmo que alguns desses nomes ainda não seja expressivo o suficiente em termos percentuais para rivalizar uma liderança do campo da direita conservadora no Brasil como Bolsonaro, que já teve a máquina pública nas mãos, a existência dessas figuras em pesquisas espontâneas revela que alguns nomes que já estão no imaginário dos eleitores e podem ser testados em futuras sondagens apontando tendências, caso o ex-presidente tenha de passar o bastão.
Mesmo a mais de dois anos do pleito, a sucessão presidencial de 2026 já é um movimento intenso entre as forças políticas. Após a derrota de 2022 — com a ruptura de uma tendência de reeleição de todos os que já haviam ocupado o Palácio do Planalto — a complexidade da disputa busca reorganizar o campo da direita e abre margem para o questionamento: até quando esses atores vão esperar por Bolsonaro?
Após ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por crimes que ultrapassam 30 anos de prisão, como de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio, além de liderança de organização criminosa armada e deterioração de patrimônio público, o ex-presidente garantiu que não há nenhuma prova concreta contra ele.
Fonte: sputniknewsbrasil