Um aliado da Rússia contradisse nesta terça-feira (26) a alegação
de Moscou de que os terroristas do Estado Islâmico que mataram 139 pessoas em
um atentado na sexta-feira (22) no Crocus City Hall, casa de espetáculos na
região metropolitana da capital russa, teriam tentado fugir prontamente para a
Ucrânia após o ataque.
O chefe do Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB, ex-KGB), Alexander Bortnikov, e o ditador Vladimir Putin alegaram que terroristas foram presos tentando seguir diretamente para o território ucraniano, mas o ditador de Belarus, Alexander Lukashenko, afirmou que na verdade eles tentaram primeiro fugir para o seu país.
Em entrevista à agência de notícias estatal Belta,
Lukashenko afirmou que recebeu das autoridades russas informações sobre o
atentado “minutos” após o ataque começar e a segurança foi reforçada nas
fronteiras.
“É por isso que não havia hipótese de entrarem em Belarus.
Eles perceberam isso. Então eles deram a volta e seguiram para a fronteira
entre a Ucrânia e a Rússia”, relatou o ditador bielorrusso.
Putin admitiu que o atentado de sexta-feira foi obra de “radicais
islâmicos”, mas sugeriu que eles teriam agido a mando da Ucrânia.
“Esse crime pode ser apenas um elo em uma série de tentativas
daqueles que estão lutando desde 2014 contra nosso país com as mãos do regime
neonazista em Kiev”, afirmou na segunda-feira (25).
“É necessário responder à pergunta: por que os terroristas, depois de cometerem o crime, tentaram fugir pela Ucrânia, quem estava esperando por eles?”, insinuou o ditador russo.
Fonte: gazetadopovo