O ex-presidente do Banco Central e principal nome para assumir o ministério da Economia em um eventual governo Lula, Henrique Meirelles defendeu nesta terça-feira (25) o descumprimento do teto de gastos para bancar o Auxílio Brasil no valor de R$ 600 para o próximo ano. Declaração ocorreu durante participação em live realizada pela gestora Kinea Investimentos, controlada pelo Itaú.
Meirelles disse que não é possível explicar um corte de volta a R$ 400 para quem recebe o benefício e necessita do dinheiro para se alimentar.
“Não é possível chegar para a família que precisa dos R$ 600 para comer e dizer que, a partir de agora, são só R$ 400. Não dá, pelo menos durante um bom tempo, até o país ter condições de criar emprego, renda”, disse Meirelles,
Meirelles defendeu ainda a privatização de estatais que, segundo ele, perderam a função.
De acordo com o ex-presidente do Banco Central, o custo adicional do programa nos níveis atuais ficar em R$ 53 bilhões e necessitaria dessa “licença” no orçamento para poder manter o benefício. Meirelles defendeu ainda que “mais à frente” o teto voltaria a ser cumprido.