‘Alguém acredita que é possível?’: Macron questiona objetivos de Israel em Gaza


O presidente da França, Emmanuel Macron apelou a Israel para que especifique melhor os seus objetivos no conflito com o movimento palestino Hamas em Gaza, uma vez que “eliminar completamente o Hamas”, como afirmou anteriormente o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, seria uma batalha de anos.
“Penso que agora as autoridades israelenses terão de definir o seu objetivo com mais precisão […]. A eliminação completa do Hamas consiste em quê e alguém acredita ser possível? Se este [é o objetivo], então a guerra durará dez anos”, disse Macron aos jornalistas à margem da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2023 (COP28), em Dubai.
O presidente francês acrescentou ainda que “a destruição de todo um território ou o bombardeamento de todo o potencial civil” não é “uma boa resposta às ações de um grupo terrorista”.
Lloyd Austin, secretário de Defesa dos EUA, fala durante coletiva de imprensa após a reunião do Grupo de Contato de Defesa da Ucrânia na Base Aérea de Ramstein, em Ramstein, Alemanha, 19 de setembro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 03.12.2023

Sobe o número de vítimas

O número de mortos nos ataques israelenses contra a Faixa de Gaza ultrapassou as 15.500 pessoas, enquanto mais de 41.300 ficaram feridas, declarou hoje (3) o porta-voz do Ministério da Saúde do enclave, Ashraf Qudra.
“O número de vítimas da agressão israelense contra a Faixa de Gaza desde 7 de outubro aumentou para 15.523 pessoas, e 41.316 cidadãos sofreram ferimentos de gravidade variável”, informou Qudra durante uma conferência de imprensa transmitida por canais de televisão árabes.
No dia 1º de dezembro, após o término da trégua humanitária acordada há uma semana com a mediação conjunta do Catar, Egito e EUA, as tropas israelenses retomaram os ataques contra a Faixa de Gaza, alegando supostos disparos por parte dos combatentes do Hamas.
Muitos países têm instado Israel e o Hamas a estabelecerem um cessar-fogo. Em paralelo, multiplicam-se também as vozes a favor de uma solução de dois Estados como a única forma possível de alcançar uma paz duradoura na região.
Em 1947, as Nações Unidas, com a participação ativa da União Soviética, decidiram criar dois Estados: Israel e Palestina, mas apenas Israel foi criado. Embora declare aceitar o princípio dos dois Estados, os israelenses mantêm ocupados muitos territórios palestinos.

Fonte: sputniknewsbrasil

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