Embora tenha saído do Brasil em 2006 e se mantido fora do país desde então, a Alfa Romeo ainda realiza movimentações por aqui. É o caso do registro junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) de imagens do SUV compacto Junior, seu mais novo modelo global. O crossover é baseado na plataforma CMP do grupo Stellantis e tem parentesco direto com o Avenger, próximo lançamento nacional da Jeep.
O registro do Junior, por si só, não é garantia de lançamento no Brasil, mas desde já revela o interesse da Alfa Romeo em resguardar os direitos sobre o desenho do modelo por aqui. Na Europa, onde é vendido desde 2024, o SUV rivaliza diretamente com Volvo EX30, DS 3, Audi Q2 e companhia.
Ao lado do Stelvio e do Tonale, o modelo forma o trio de SUVs da Alfa Romeo no mercado global. A marca tem apostado forte no lançamento de carros do tipo nos últimos anos e deposita no segmento todas as fichas para voltar a crescer. Em 2024, a fabricante vendeu 62 mil carros globalmente e ficou bem abaixo da meta de 90 mil unidades.
Lançado inicialmente com o nome de Milano, o Junior teve de ser rebatizado apenas 5 dias após a estreia por conta de polêmicas com o governo italiano. Na época, o Ministro da Indústria do país, Adolfo Urso, alegou que um carro chamado Milano (em referência à cidade de Milão) não poderia, por lei, ter esse nome e ser produzido na Polônia.O SUV é feito na fábrica de Tychy ao lado de outros carros da Stellantis, como o Fiat 600 e o Jeep Avenger.
Ao todo, o modelo mede 4,17 metros de comprimento, 1,78 m de largura e 1,5 m de altura, além de 2,55 m de entre-eixos. No visual, destaque para elementos como faróis em C e a grande entrada de ar na parte de baixo do para-choque. Ao centro, a grade tipo “cuore” exibe a cruz de São Jorge e a serpente Biscione — símbolos de Milão, cidade italiana onde a montadora nasceu em 1910.
Nas laterais, chamam atenção as maçanetas da porta traseira camufladas na coluna e as rodas formando o quadrifoglio, o trevo de quatro folhas, elemento também ligado à história da Alfa Romeo. Na parte de trás, a lanterna inteiriça forma um arco atravessando toda a tampa do porta-malas, cuja capacidade fica na casa dos 400 litros.
Por dentro, a Alfa repete uma das suas principais características, que são os instrumentos voltados para o motorista. Neste caso, a central multimídia com tela de 10,25 polegadas fica inclinada em direção ao condutor. Os instrumentos ficam em outra tela de mesmo tamanho, mas dentro de uma suporte formado por dois círculos atrás do volante.
Mecanicamente, a plataforma CMP oferece suporte tanto para conjuntos híbridos quanto para motores elétricos. No primeiro caso, o Junior usa um motor 1.2 turbo de ciclo Miller associado a um sistema híbrido-leve de 48 volts com 21 kW, entregando potência total de 136 cv. O câmbio é automatizado de dupla embreagem e seis marchas.
Já a motorização elétrica é usada em duas versões, sendo a primeira com 156 cv e a segunda com 240 cv. Nos dois casos, a bateria é de 54 kWh. Para a versão de menor potência, a Alfa promete 410 km de autonomia no ciclo WLTP ou 590 km no ciclo urbano. Em estações de carregamento rápido DC de 100 kW, são necessários menos de 30 minutos para recuperar de 10% a 80% da bateria.
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Fonte: direitonews