De acordo com o Financial Times (FT), alguns membros do governo alemão acreditam que o plano não conseguiria obter apoio suficiente para sua realização, uma vez que as ameaças legais eram “muito altas”.
Berlim tem feito “tudo o que pode legalmente” para identificar e congelar os bens de cidadãos e entidades russas sancionadas, mas a intenção de Bruxelas de usar os fundos para reconstruir a economia e infraestrutura ucraniana levantou “questões financeiras e legais complexas”, informou o jornal.
Segundo o FT, a UE está tentando levantar até € 3 bilhões (R$ 16,6 bilhões) por ano com os ativos do Banco Central russo e Kiev também estaria desenvolvendo uma maneira alternativa para o bloco usar os ativos apreendidos como garantia, por meio da qual poderia tomar empréstimos para investir com retorno e depois alocar o dinheiro para a Ucrânia.
“O desafio é tentar descobrir o que é legalmente sólido e defensável. É mais complexo do que se pensava no início”, disse um diplomata da UE familiarizado com o assunto ao jornal.
Espera-se que os ministros das Relações Exteriores dos países da UE discutam o assunto em uma reunião em Luxemburgo nesta segunda-feira, acrescentou a matéria.
Na semana passada, o porta-voz da Comissão Europeia, Christian Wigand, anunciou que os representantes, comissários e legisladores da UE começariam a discutir em julho um quadro jurídico que permitiria o confisco de bens de cidadãos e entidades russas acusados de violar as sanções da UE. Os bancos da UE detêm € 24,1 bilhões (cerca de R$ 125,6 bilhões) em ativos pertencentes a indivíduos e entidades privadas, acrescentou Wigand.
Os Estados-membros do bloco europeu também relataram ter mais de € 200 bilhões (cerca de R$ 1,04 trilhão) em ativos do Banco Central russo congelados em seus bancos.
Fonte: sputniknewsbrasil