A Alemanha anunciou as “reformas militares mais abrangentes” desde a Guerra Fria, incluindo uma possível reintrodução do serviço militar obrigatório, de forma para defender o território da OTAN, informou na quinta-feira (4) o jornal britânico Financial Times (FT).
O ministro da Defesa alemão Boris Pistorius assinou uma ordem para reorganizar as Forças Armadas “de cima a baixo” de maneira a responder a “um novo e velho desafio”, e permitir que os militares alemães tomem “decisões rápidas”, indica o artigo.
Assim, Boris Pistorius afirmou que as Forças Armadas do país serão complementadas com um quarto ramo como parte da reforma estrutural, ramo que será responsável pelas atividades no espaço cibernético e de informações, e com um novo comando de operações.
Segundo ele, a reforma foi projetada para garantir que as forças alemãs estejam preparadas para emergências, incluindo uma guerra.
“É uma reforma histórica. […] Nosso objetivo é reestruturar as Forças Armadas de tal forma que elas estejam mais bem posicionadas em caso de defesa e em caso de guerra. […] Ninguém deve ter a ideia de atacar o território da OTAN – é isso que transmitimos”, disse Pistorius.
As autoridades militares alemãs receberam um prazo de seis meses para implementar os planos, escreve o FT, acrescentando que uma das principais exigências do Ministério da Defesa da Alemanha é que as Forças Armadas estejam prontas para o serviço militar obrigatório, caso ele seja reintroduzido.
O ministro acrescentou que o órgão militar proporá um modelo de serviço militar para jovens adultos nas próximas semanas.
As medidas refletem o que Olaf Scholz, chanceler da Alemanha, considerou um momento de virada na política de segurança do país, após o início da operação militar especial da Rússia na Ucrânia, apontou a mídia. A Alemanha é o país com a maior população e a maior economia da União Europeia, e tem uma das maiores Forças Armadas na OTAN.
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Fonte: sputniknewsbrasil