“É inacreditável que quatro décadas depois a gente discuta o processo democrático. É um paradoxo quem não acredita na democracia pedir voto. Utilizar esses momentos para a campanha, acho que o povo não aprova”, afirmou Alckmin. Ele se referiu à passagem do presidente por Londres, onde representou o Brasil no funeral da Rainha Elizabeth II.
Foi lá que o presidente deu entrevista na qual disse que, se não vencer a eleição no primeiro turno, “algo de anormal aconteceu no TSE” (Tribunal Superior Eleitoral). Retomou assim a postura de questionamento da lisura do processo eleitoral. Candidato à reeleição pelo PL, Bolsonaro assumiu essa postura desde que as pesquisas o colocaram em segundo lugar. O primeiro é ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em atitude criticada pela imprensa local, Bolsonaro discursou da sacada da embaixada brasileira para apoiadores.
O ex-tucano voltou a dizer que a reforma tributária será contemplada no plano econômico de Lula.
Um dia após oito ex-candidatos à Presidência reforçarem apoio a Lula, Alckmin voltou a dizer que o “Brasil precisa que os democratas se unam”. Afirmou ainda que a campanha busca ampliar o eleitorado para, se possível, vencer no primeiro turno.
“Nunca colocamos em risco a questão democrática. O Brasil precisa que os democratas se unam. Se pudermos vencer no primeiro turno ótimo, se tiver segundo turno é natural”, disse.
O ex-tucano disse ainda que a campanha não irá procurar o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, no momento. Lembrou que o PSDB apoia candidatura da emedebista Simone Tebet (MDB).
“O presidente FHC é filiado ao PSDB, e o PSDB tem uma candidata, que é a Simone. Não vamos procurá-lo nesse momento”, disse.