Alckmin discute regulamentação de plataformas digitais com big techs e governo dos EUA


“Tiramos até uma mesa de trabalho para falar da questão das big techs. Estamos propondo uma mesa de trabalho, onde a gente vai verificar ambiente regulatório, inovação tecnológica, oportunidade econômica e segurança jurídica”, declarou ele.

A reunião ocorreu às vésperas da data anunciada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, para começar a taxar produtos brasileiros em 50%, a partir desta sexta-feira (1º).

“Foi uma boa reunião. Participaram também outros órgãos de governo, porque essa é uma pauta que envolve não só o Executivo, mas também o Legislativo e o Judiciário”, disse ele.

O vice-presidente brasileiro, que é também ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, tem realizado, nas últimas semanas, reuniões com representantes dos principais setores que podem ser negativamente impactados pelas novas taxações dos EUA.
“Queremos avançar em todas as convergências, temos muito mais convergências do que divergências”, disse ele em coletiva de imprensa ao adiantar que o plano de contingência preparado para socorrer empresas afetadas pela crise só deve ser divulgado se consumada a tarifa.
Entre os setores mais afetados pela medida estão suco de laranja, café e carne bovina. Entretanto, nesta manhã, em entrevista à rede norte-americana CNBC, Lutnick declarou que pode haver isenção de tarifas de importação de produtos agrícolas não cultivados nos EUA.
O secretário afirmou que estão nessa categoria alimentos como cacau, abacaxi, coco, manga e café — este último que tem como principal fornecedor o Brasil, que responde por quase 34% do total importado pelos Estados Unidos.
Alckmin também citou o Programa Acredita Exportação, cujo projeto de lei e decreto de regulamentação foram assinados ontem (28) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo ele, os principais beneficiados serão as micro e pequenas empresas que vendem para o exterior.
O vice-presidente esteve mais cedo com representantes da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), que exporta grande quantidade de petróleo e aço para o mercado norte-americano. O governador do Ceará, Elmano de Freitas, e representantes empresariais do estado também reuniram-se com Alckmin. De acordo com o governo cearense, mais de 40% das vendas externas têm os EUA como comprador, em produtos como aço, ferro, pescado, entre outros.
Em 9 de julho, Trump divulgou uma carta endereçada ao seu homólogo brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, que determina a mudança da tarifa de importação para 50% sobre todos os produtos brasileiros vendidos aos EUA.
Os interesses das empresas de tecnologia americanas no Brasil é um dos temas expostos no texto, em que ele diz ter determinado a abertura de investigação sobre o que chamou de “ataques contínuos do Brasil às atividades comerciais digitais de empresas americanas”.
Trump também citou como motivo da taxação o processo judicial contra o ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe.
Apesar de a balança comercial entre os dois países ser favorável aos Estados Unidos há mais de 16 anos, Trump afirmou que o relacionamento é “muito injusto”.
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Fonte: sputniknewsbrasil

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