AIEA vê como ‘profundamente lamentável’ entrada em operação de 2º reator nuclear da Coreia do Norte


Um novo reator norte-coreano iniciou sua operação pela primeira vez, informaram na quinta-feira (21) a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e especialistas independentes, citados na sexta-feira (22) pela agência britânica Reuters.
A Coreia do Norte tem recorrido durante anos ao combustível usado de um reator nuclear de 5 megawatts no Centro de Pesquisa Científica Nuclear de Yongbyon, a fim de produzir plutônio para seu arsenal nuclear, mas uma descarga reveladora de água de um reator de água leve (LWT, na sigla em inglês) maior sugere que ele também teria entrado em operação, de acordo com a agência da ONU.

“A descarga de água quente é um indicativo de que o reator atingiu o estado crítico”, disse Rafael Grossi, chefe da AIEA, em um comunicado sobre as instalações em Yongbyon.

As declarações significam que a reação nuclear em cadeia no reator é autossustentável, o que a tornaria uma potencial fonte adicional de plutônio para as armas nucleares.
Pessoas assistem a um noticiário de televisão mostrando uma foto do líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, testemunhando o recente teste de disparo de um míssil balístico intercontinental Hwasong-17 (ICBM), em uma estação ferroviária em Seul, em 17 de março de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 29.04.2023

A AIEA afirma ter observado um forte fluxo de água no sistema de resfriamento do reator de água leve desde outubro, o que sugere que o reator está em funcionamento. Grossi afirmou que as evidências mais recentes indicam que a água estava quente.

“O LWR, como qualquer reator nuclear, pode produzir plutônio de seu combustível irradiado, que pode ser separado durante o reprocessamento, portanto, isso é motivo de preocupação”, disse, comentando como “profundamente lamentável” o avanço do programa nuclear da Coreia do Norte.

A AIEA não tem acesso à Coreia do Norte desde que Pyongyang expulsou seus inspetores em 2009. A agência agora observa o país principalmente por meio de imagens de satélite. Sem acesso, a entidade não pode confirmar o status operacional do reator, advertiu Grossi.

Fonte: sputniknewsbrasil

Anteriores Primeira sessão do STF em 2024 vai pautar revisão da vida toda e regime de bens em casamento de idosos
Próxima Agricultura vai querer voltar para mercado de carbono, diz Haddad