AIEA vai à Ucrânia nesta semana para rastrear possibilidade de ‘bomba suja’, diz Grossi


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“O objetivo das visitas de salvaguardas desta semana é detectar quaisquer possíveis atividades nucleares não declaradas e materiais relacionados ao desenvolvimento de ‘bombas sujas‘, disse Grossi em comunicado, acrescentando que a AIEA fornecerá suas conclusões ao conselho de governadores e ao público.
Mais cedo nesta quinta-feira (27), o presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou que a AIEA precisa ir “o mais rápido possível” à Ucrânia. Segundo Putin, Kiev está destruindo evidências de que está preparando “bombas sujas”.
“A AIEA quer vir. Somos a favor, o mais rápido e amplamente possível, porque sabemos que as autoridades de Kiev estão fazendo de tudo para encobrir os vestígios desses preparativos”, disse.
© Sputnik / Konstantin MikhalchevskyRafael Grossi durante visita à usina nuclear de Zaporozhie, perto de Energodar, em 1º de setembro de 2022

Rafael Grossi, diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), durante visita à usina nuclear de Zaporozhie, perto de Energodar, na Ucrânia, em 1º de setembro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 27.10.2022

Rafael Grossi durante visita à usina nuclear de Zaporozhie, perto de Energodar, em 1º de setembro de 2022. Foto de arquivo
Na última segunda-feira (24), o representante permanente da Rússia na Organização das Nações Unidas (ONU), Vasily Nebenzya, disse, em carta ao secretário-geral da organização, António Guterres, que a Rússia considerará o uso da chamada “bomba suja” pela Ucrânia um ato de terrorismo nuclear.

“De acordo com nosso Ministério da Defesa, o Instituto de Pesquisa Nuclear da Academia Nacional de Ciências e a Usina de Mineração e Processamento Vostochny receberam ordens diretas do regime [de Vladimir] Zelensky para desenvolver essa ‘bomba suja’. Está em estágio final. Consideraremos o uso da ‘bomba suja’ do regime de Kiev um ato de terrorismo nuclear”, disse Nebenzya.

Uma “bomba suja” refere-se a um dispositivo explosivo contendo componentes radioativos destinados a espalhar a contaminação radioativa sem a força extraordinária de uma arma nuclear tradicional.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, durante visita oficial do presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, a Moscou, em 16 de fevereiro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 27.10.2022

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