Agro & negócios

O mercado de commodities está sob a influência direta das condições climáticas nos Estados Unidos, conforme evidenciado pela recente projeção da safra de milho. Com o início do plantio já em andamento e a expectativa de aumento de ritmo nas próximas semanas, os investidores estão atentos aos fatores climáticos que podem afetar a produção.

Apesar de uma queda acumulada de 6,3% ao longo de março, o Indicador do algodão em pluma CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, apresentou uma média mensal de R$ 4,2132/lp, a maior desde abril/23 (R$ 4,2170/lp), em termos reais (deflacionamento pelo IGP-DI de fev/24). Esta alta é um sinal positivo para o mercado, indicando uma possível recuperação após um período de volatilidade.

Após dez semanas de quedas consecutivas, o mercado do arroz em casca no Rio Grande do Sul finalmente encontrou estabilidade, com a média ponderada atingindo os R$ 99 por saca de 50 kg, segundo o Indicador CEPEA/IRGA-RS. Esta mudança de direção é impulsionada pela diminuição da oferta de matéria-prima, enquanto a demanda permanece relativamente forte.

No último dia 27 de março, o mercado do café robusta brasileiro alcançou um marco histórico, com o Indicador CEPEA/ESALQ atingindo o valor recorde de R$ 955,19 por saca de 60 kg. Esta marca representa o pico mais alto já registrado na série histórica do Cepea para a variedade, que teve início em novembro de 2001, quando ajustado pela inflação.

A safra de trigo de 2023 no Sul do Brasil foi desafiadora devido às condições climáticas extremas causadas pelo El Niño, resultando em altas temperaturas e chuvas acima da média histórica. Isso levou a uma série de problemas, incluindo a proliferação de doenças como giberela, brusone da espiga e estria bacteriana, além da germinação na espiga, reduzindo tanto a produtividade quanto a qualidade dos grãos.