O trabalho de reconhecimento da área de cobertura das Unidades Básicas de Saúde (UBS) em Cuiabá já começou a ser redefinido. Equipes responsáveis pelo mapeamento de território estão percorrendo rua por rua dos bairros com a finalidade de contabilizar os moradores que pertencem às respectivas áreas e assim mapear a abrangência da unidade com suas respectivas microáreas e inclusão das áreas que estão descobertas contemplando todos os moradores. Na região Norte o trabalho já foi concluído e nesta quarta-feira (19), o percurso, que é realizado a pé, foi no Imperial II deixando moradores esperançosos.
“O mapeamento é extremamente necessário para que a Secretaria Municipal de Saúde alcance os indicadores definidos pelo Ministério da Saúde. E, ainda mais importante pelo benefício que trará para a sociedade, pois não importa onde o cidadão esteja que lá estará um Agente Comunitário de Saúde (ACS) cuidando dele. Esse trabalho integra as diretrizes da gestão humanizada que preconiza o prefeito Emanuel Pinheiro”, destacou o secretário adjunto de Atenção Básica da Secretaria Municipal de Saúde, Edemir Xavier, que acompanhou a equipe do mapeamento durante parte do percurso .
Ao explicar para algumas moradoras o objetivo do mapeamento que, posteriormente será dividido em microáreas norteando as ações da SMS através dos ACS, a expectativa foi de mais tranquilidade em relação aos atendimentos que cada um precisa.
“Procuro médico na UBS aqui do Imperial com certa freqüência porque minha filha é alérgica, tem coceira, aqui é estrada de chão e a poeira dificulta um pouco. Ter esse cuidado com a gente vai ser muito bom. Aqui os vizinhos também precisam e ter o agente de saúde cuidando das famílias vai ajudar muito, porque falta isso aqui. Minha expectativa é que mude e pra melhor”, declarou a moradora Eliz Aparecida Silva Prates, 31 anos, casada e mãe de duas crianças, Ana Beatriz, 8 e Sofia, de 3 anos . Ela e a família estão a três anos residindo no Imperial II.
A diarista Ana Claudia Ferreira Rosa, mora a cerca de 10 anos no local com o marido e os três filhos, Ana Clara, 15, Raniel, 8 e Eloiza, 6 anos. Quando precisa, Ana Claudia também recorre a UBS Imperial e diz que já melhorou bastante, antigamente para receber atendimento era preciso ir de madrugada para conseguir vaga. “Hoje está mais tranqüilo, quando não tem pediatra, que é minha maior demanda por causa das crianças, tem o clínico que faz o atendimento e encaminha, orienta. E vindo o agente de saúde vai ficar melhor porque vai saber da necessidade da família”, frisou com um sorriso.
Assim como na região da UBS do Imperial, existem outras comunidades que são atendidas por unidades de saúde, mas que não estão inseridas na área de cobertura da respectiva unidade.
“São moradores de áreas novas ou que mudaram para o local. O ritmo da cidade não para de crescer. Daí a importância do trabalho da equipe de enfermeiros e de Agentes Comunitários de Saúde (ACS) da Secretaria Municipal de Saúde que está em campo buscando primeiramente o quantitativo de pessoas, estabelecimentos comerciais e residenciais e depois quais as reais necessidades dos habitantes. De posse dessas informações as ações da saúde chegarão ao maior número de pessoas, o objetivo é que chegue a todos. Esse é o papel da gestão de saúde, atender a todos que precisam independente de onde estiverem. Eles não vão precisar sair da sua região se perto tem o ACS que sabe da sua necessidade, que o seu médico está na UBS do seu bairro. O morador terá esse vínculo e vai procurar quando precisar”, explicou a secretária municipal de saúde de Cuiabá, Suelen Alliend.
O mapeamento está sendo feito com equipe formada por enfermeiros e uma pessoa da área administrativa, que digitaliza tudo, mas que não atuam nas UBS’s. “São profissionais que têm o olhar clínico, o olhar voltado para a necessidade social e assim podem compreender melhor a realidade do trabalho. Mas são do mapeamento”, explicou Cleide Conceição da Silva, uma das enfermeiras que compõe a equipe.
No final do dia as equipes, (geralmente são divididas em duplas para percorrerem as ruas), retornam para uma sala cedida na UBS, onde fazem a contabilização do que encontram durante o trabalho. E assim vão delimitando o mapeamento da área, ficando a cargo de cada UBS um quantitativo de quatro mil pessoas. Esse número é dividido em micro regiões de 750 pessoas para um Agente Comunitário de Saúde cuidar. São os agentes que irão visitar casa por casa da microrregião de sua responsabilidade e coletar os dados individuais (moradores). E posteriormente, se dedicar no atendimento deles.