“Há um fomento de interesse de interculturalidade, laços, trocas de saberes com o continente que é mais recente. Ele já vem nessa toada do anticolonial, mas mais contemporâneo. Eu acho que já tem uma roupagem do século XXI”, explica Njeri.
“Elas [as ilhas] são bem dessa paisagem paradisíaca. Lembra muito o Caribe em relação às águas cristalinas, e é muito interessante como Cabo Verde hoje é um país tomado por resorts.”
“A África do Sul, de fato, consegue se apresentar para o mundo, se vender, se posicionar e, se você abrir os dados, é o país que tem recebido a maior parte dos visitantes do mundo inteiro hoje no continente africano. Mas isso não é uma prática do continente como um todo. O Egito também recebe muitos turistas, muito relacionados ali pela história, pelas pirâmides, enfim, por tudo isso, mas o continente como um todo precisa aprender a se vender. Existe uma imagem de África que a gente precisa reconstruir”, afirma.
“A gente pode observar esses mesmos desafios de Angola em relação a Camarões, ao Congo, à Namíbia, ao Zimbábue. Descendo ali mais um pouco, a gente encontra esse mesmo desafio em Moçambique. São países que compartilham essa falta de infraestrutura e que fica difícil de você falar realmente de uma ampliação da rede de turismo se não tem a infraestrutura básica”, afirma a historiadora.
Fonte: sputniknewsbrasil