Advogado de Jairinho é condenado a 11 anos de prisão por associação cr1min0sa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro


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Via
@jornaloglobo
| Cláudio Dalledone Junior, conhecido por defender Jairinho no caso
da morte do Henry Borel e o goleiro Bruno, foi condenado com mais treze pessoas
em um processo que investiga desvios de indenizações de pescadores em Paranaguá,
no litoral do Paraná. A sentença, que saiu nesta sexta-feira, o condena a 11
anos de prisão por associação criminosa, corrupção passiva e lavagem de
dinheiro.

Segundo o colunista Lauro Jardim, o advogado, que ficou conhecido como “Saul
Goodman brasileiro” (uma alusão ao personagem da série Breaking Bad) pelas
suas atuações teatrais, poderá recorrer em liberdade. Medidas cautelares, como
uso de tornozeleira eletrônica, proibição de deixar a comarca e de frequentar
bares, boates e casas de jogos foram fixadas. Ele também não pode ingerir
bebidas alcoólicas nem andar armado.

Conforme as investigações, Dalledone prestou serviços a uma organização
criminosa acusada de se apropriar de indenizações pagas pela Petrobras a
pescadores em decorrência de desastres ambientais ocorridos no litoral do
Paraná no início do século. O esquema, que envolvia ainda divisão de
honorários, contava inclusive com a participação de um juiz aposentado e um
cartorário.

A Justiça aponta que Dalledone intermediou a assinatura de contratos que
denotam que ele tinha conhecimento do esquema. Em interrogatório, o advogado
negou ter participado da elaboração do acordo, justificando que é criminalista
e não realiza assessoria cível.

“Denota-se que com a ciência inequívoca da existência dos grupos e da origem
das verbas por eles partilhadas, CLAUDIO DALLEDONE JUNIOR contribuiu para que
parte dos corréus recebessem os valores, intermediando negociação para o
pagamento de parcela dos proventos ilícitos, recebendo, para tanto, vantagem
econômica, motivo pelo qual há de ser condenado nas sanções do tipo penal que
lhe é imputado”, diz trecho da sentença.

Dalledone vai entrar com recurso

A assessoria de Dalledone nega as acusações e afirma que ele vai recorrer à
decisão. Considera a sentença injusta, porque “ele só entra no caso dez anos
depois como advogado do escrivão e da advogada envolvidos no caso”. Afirma
também que o advogado “nunca advogou para pescador e nem teve nenhum contato
com esse esquema”. Além disso, a ex cliente (a advogada que ele teria
defendido) “foi quem fez a delação premiada, dizendo que Dalledone teria
cobrado cerca de R$ 80 mil de honorários como lavagem de dinheiro”.

NOTA OFICIAL

O advogado Claudio Dalledone Júnior manifesta total surpresa com o fato de
estar incluído no rol da referida decisão já que ele não tem, absolutamente,
qualquer relação com os fatos investigados.

Dalledone apenas atuou defendendo um escrivão e um advogado — 10 anos depois
do fato investigado envolvendo os pescadores que foram vítimas de um esquema
criminoso.

Dalledone exerce com retidão a advocacia há mais de 30 anos.

Dalledone nunca advogou para qualquer pescador. Dalledone está muito
tranquilo e tem plena confiança que o Poder Judiciário do Paraná vai
reverter esta decisão e trazer à tona a verdade sobre os fatos.

Fonte: @jornaloglobo

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