Adesão da Argentina ao BRICS depende dos laços com Brasil, diz deputada


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“A entrada ao BRICS terá muito a ver com esse fortalecimento, a Argentina tem que consolidar um Mercosul que passou por diferentes etapas e tem que se relacionar com o mundo como um bloco mais potente e competitivo, e com regras de jogo claras para melhorar sua competitividade, não desgastando o sonho de uma região que tem profundas desigualdades sociais e seguindo a inclusão de mão de obra”, expressou a deputada à Sputnik.
No dia 2 de outubro, Tolosa Paz esteve no comitê de campanha do ex-presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, em São Paulo, durante o primeiro turno das eleições presidenciais.
Os líderes dos países do BRICS participam de encontro em Brasília, no Brasil, em 14 de novembro de 2019 (foto de arquivo) - Sputnik Brasil, 1920, 29.09.2022

A deputada ressaltou que o Brasil é o principal parceiro da Argentina, “não apenas na indústria automotiva, como a relação da Argentina como uma futura fornecedora de energia para o Brasil, principalmente quando o gasoduto Néstor Kirchner estiver pronto”.
Tolosa Paz enfatizou que o país segue atento ao “fortalecimento” da região, em um contexto global “convulsionado”, onde a demanda de alimentos será “crescente” e a energia se converterá “em um valor muito importante” para os países que, devido aos recentes conflitos, já não contam com estes recursos.

Eleições no Brasil

Ela ainda aproveitou para destacar as semelhanças entre o candidato brasileiro do Partido dos Trabalhadores, Lula, e outros líderes latino-americanos, com muitos argentinos vendo a eleição presidencial como histórica, já que pode desconstruir rapidamente o cenário que a direita imaginou por muito tempo na região.
Além disso, a deputada acredita que seja muito difícil que Bolsonaro possa reverter a diferença de votos para seu concorrente Lula.
“Lula sabe que seu caminho sempre foi o segundo turno, é um homem que tem uma tenacidade poucas vezes vistas na política […]”, destacou.
Tolosa Paz ainda destacou alguns aspectos do sistema eleitoral brasileiro, como o voto eletrônico, contudo não está convencida de que o mesmo sistema possa ser aplicado na Argentina.
Ela também destacou que diferentemente de outros países da região, a legislação brasileira permite que os candidatos realizem atos de campanha até o dia que antecede as eleições.
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