Açúcar sobe em NY e Londres nesta 2ª feira (10) com mercado atento à produção indiana


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As cotações do açúcar nas bolsas de Nova York e Londres fecharam esta segunda-feira (10) com leves altas. Os preços encontram suporte na valorização do real diante do dólar e em uma atenção do mercado para a produção do adoçante na Índia.

“Os preços do açúcar hoje estão moderadamente mais altos, já que a força do real brasileiro (^USDBRL) desencadeou a cobertura de posições vendidas em futuros de açúcar. O real hoje subiu +0,61% e está logo abaixo da máxima de 2-3/4 meses da última sexta-feira em relação ao dólar”, destaca o Barchart.

O site internacional acrescenta que “nas últimas três semanas, a força do real brasileiro estimulou a cobertura de posições vendidas em açúcar, com os preços do açúcar subindo para uma máxima de 7 semanas na última quinta-feira. O real mais forte desencoraja a venda de exportação dos produtores de açúcar do Brasil”.

Além disso, a Reuters informou nesta segunda-feira que mais de três dúzias de usinas de açúcar nos principais Estados produtores de cana da Índia interromperam operações na semana passada, quase dois meses antes do habitual, devido ao menor fornecimento de cana causado por condições climáticas adversas.

“Esses fechamentos antecipados sugerem que a Índia produzirá menos açúcar do que o estimado inicialmente. As preocupações com a produção estão elevando os preços locais do açúcar e fazendo com que as usinas busquem preços mais altos para as vendas ao exterior da limitada cota de exportação”, aponta a Reuters. A agência internacional acrescenta ainda que o ritmo mais lento dos embarques da Índia, o segundo maior produtor de açúcar do mundo, dará suporte aos preços globais.

Segundo Analdo Luiz Correa, diretor da Archer Consulting, é pouco provável que o mercado se mantenha abaixo dos 18 centavos por um período prolongado. Ele afirma que o mercado interno indiano, por exemplo, já opera acima desse patamar. “Apenas o Brasil consegue ofertar açúcar nesses valores, uma vez que nenhum outro país consegue produzir abaixo de 18 centavos”, destaca Correa.

Na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), o contrato março/25 avançou 0,14%, negociado a 19,50 cents/lbp (alta de 0,14 centavo). O maio/25 subiu 0,11%, cotado a 17,97 cents/lbp (+0,11 centavo). O julho/25 teve valorização de 0,06%, para 17,61 cents/lbp (+0,01 centavo), enquanto o outubro/25 fechou em 17,73 cents/lbp, alta de 0,12% (+0,12 centavo).

Na ICE Europe (Londres), o contrato março/25 encerrou o dia negociado a US$ 519,40 por tonelada, com alta de US$ 1,70 (+0,33%). O maio/25 subiu US$ 1,10, cotado a US$ 503,60 por tonelada (+0,22%). O agosto/25 avançou US$ 2,70, para US$ 487,40 por tonelada (+0,56%), enquanto o outubro/25 teve leve valorização de US$ 0,20, encerrando a US$ 479,90 por tonelada (+0,04%).

Mercado interno

No mercado físico brasileiro, o indicador Cepea Esalq mostra, em São Paulo, o açúcar cristal branco com valor de R$ 146,71/saca, baixa de 1,69%. O açúcar cristal em Santos (FOB) tem valor de R$ 140,48, após redução de 1,49%. O cristal empacotado em São Paulo vale R$ 16,6707/5kg. O refinado amorfo está cotado em R$ 3,6306/kg. O VHP tem preço de R$ 119,71/saca.

Em Alagoas, também com base no que mostra o indicador Cepea Esalq, o preço do açúcar está em R$ 149,67/saca, após alta de 0,38%. Na Paraíba, a cotação é de R$ 144,11/saca. Em Pernambuco, o adoçante vale R$ 147,55/saca.

Fonte: noticiasagricolas

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