Os contratos futuros do açúcar encerraram a sessão desta terça-feira (09) com curtas oscilações nas bolsas de Nova York e Londres. O terminal norte-americano teve viés baixista e o londrino registrou tendência de alta. Fatores dos dois lados da tabela pesam.
O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York teve desvalorização de 0,18%, a 21,70 cents/lb, com máxima em 21,96 cents/lb e mínima de 21,54 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato subiu 0,14%, a US$ 622,60 a tonelada.
Depois de iniciar o dia em baixa, o mercado do açúcar passou a subir durante a tarde nos terminais, apesar de ter fechado o dia em baixa em Nova York. O suporte principal durante esta terça vinha da alta forte do petróleo no cenário internacional.
Também era registrada desde a véspera uma movimentação de recompra dos fundos e especuladores no mercado do adoçante, o que contribuía para a valorização.
Nos fundamentos, apesar das boas expectativas com a atual temporada do Brasil com moagem avançando forte mesmo na reta final do ano, ainda permanecem preocupações com a Ásia, principalmente os competidores do Brasil no comércio externo: Índia e Tailândia.
“O mercado continua a ver condições estressantes nas áreas de produção asiáticas, mas notou que a Índia mudou a sua política de etanol para disponibilizar mais açúcar ao mercado”, disse em relatório o vice-presidente da Price Futures Group, Jack Scoville.
O mercado também monitora os indicativos da próxima safra brasileira. A hEDGEpoint Global Markets disse nesta terça que a safra 2024/25 do Brasil pode ser menor do que a colheita recorde do ciclo atual, já que o clima mais seco impactou os canaviais do Centro-Sul.
A entidade espera moagem no ciclo em 620 milhões de toneladas métricas, abaixo da previsão anterior de 640 milhões de t r da previsão de 2023/24 de 651,5 milhões de t.
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MERCADO INTERNO
O início de 2024 tem sido marcado por queda no mercado brasileiro do adoçante. “Muitos agentes ainda estão fora do mercado spot, em férias coletivas, o que mantém enfraquecidas a oferta e também a demanda. Assim, a liquidez captada pelo Cepea foi baixa, concentrada em um número reduzido de negócios envolvendo pequenas quantidades”, disse em relatório o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea, da Esalq/USP).
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No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, ficou a R$ 145,98 a saca de 50 kg com desvalorização de 0,99%.
Nas regiões Norte e Nordeste, o açúcar ficou cotado a R$ 155,34 – estável, segundo dados coletados pela consultoria Datagro. Já o açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 21,96 c/lb com valorização de 1,10%.
Fonte: noticiasagricolas