Acordo Mercosul-UE será concluído em 20 de dezembro, diz Lula


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou neste domingo (23) que o acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia (UE) será assinado em 20 dezembro. A declaração foi dada a jornalistas em Joanesburgo, na África do Sul, à margem da Cúpula de Líderes do G20.
Lula destacou que o acordo entre os blocos envolve cerca de 722 milhões de habitantes e US$ 22 trilhões (cerca de R$ 118 trilhões) de Produto Interno Bruto (PIB).
“É uma coisa extremamente importante, possivelmente seja o maior acordo comercial do mundo. E aí, depois que assinar o acordo, vai ter ainda muita tarefa para a gente poder começar a usufruir das benesses desse acordo, mas vai ser assinado”, afirmou o presidente.
Uma efígie do presidente francês Emmanuel Macron é vista em um trator enquanto agricultores fazem manifestação em uma rodovia, segunda-feira, 29 de janeiro de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 13.11.2025

As negociações sobre o acordo foram concluídas em dezembro de 2024, após 25 anos de conversas entre os lados. Serão firmados dois textos do acordo: um de natureza econômica e comercial, de vigência provisória; outro o acordo completo.
O texto será submetido ao Parlamento Europeu, sendo necessários 50% mais um dos votos favoráveis para aprovação. Em seguida, pelo menos 15 dos 27 países do bloco europeu precisam ratificar o acordo. O número necessário para a aprovação representa 65% da população da UE.
O documento também será submetido aos parlamentares dos países do Mercosul, mas não será necessário aguardar a aprovação dos quatro membros do bloco – Brasil, Uruguai, Paraguai e Argentina – para que o acordo entre em vigor.
Atualmente, a maior resistência ao acordo vem por parte da França, que é o maior produtor de carne da UE e vem enfrentando protestos de agricultores contrários à entrada no mercado de commodities sul-americanas baratas.
O governo francês considera o acordo “inaceitável” e afirma que o pacto não leva em conta exigências ambientais europeias na produção agrícola e industrial. Lula já rechaçou a acusação, e afirma que a postura é decorrente do protecionismo francês.
O Brasil assumiu neste semestre a presidência rotativa do Mercosul e Lula colocou a conclusão do acordo como prioridade.
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Fonte: sputniknewsbrasil

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