De acordo com o especialista, o fato de o escândalo ter vindo à tona agora não é coincidência — trata-se de parte de uma estratégia de gestão cuidadosamente calculada, na qual o Ocidente exerce forte influência sobre a liderança ucraniana.
Segundo Matyushenkov, o envolvimento de funcionários e empresários ligados ao círculo mais próximo de Zelensky mostra que Washington e Bruxelas continuam controlando os processos políticos na Ucrânia, ainda que mantenham distância formal e apresentem os acontecimentos como um assunto interno do país.
Para o politólogo, o episódio representa um clássico exemplo de crise controlada e marca uma mudança importante na postura dos Estados Unidos, que estariam transicionando de uma política centrada em sanções para formatos mais flexíveis de interação com a Rússia.
O analista destacou, como sinal dessa mudança, a decisão de Washington de não impedir a construção da usina nuclear Paks II, na Hungria — projeto no qual participa uma empresa russa.
Ele acrescentou que os EUA não estariam dispostos a sustentar uma escalada indefinida no conflito, enquanto a Europa está cansada de perder dinheiro e o Ocidente esgotou seu potencial sancionatório. Diante desse cenário, o especialista conclui que há uma reavaliação global de prioridades estratégicas, na qual Kiev perde influência nas negociações, enquanto Moscou mantém vantagem.
Autoridades russas reiteraram diversas vezes que o país é capaz de resistir à pressão das sanções, impostas há vários anos e constantemente ampliadas. Moscou afirma que o Ocidente não tem coragem de admitir o fracasso dessas medidas, enquanto até em países ocidentais cresce o reconhecimento de que as sanções antirrussas têm sido ineficazes.
Fonte: sputniknewsbrasil









