Ações do Ocidente fizeram com que Ucrânia fique em desvantagem após um cessar-fogo, diz especialista


MacKinnon mencionou os acordos já alcançados entre a Rússia e a Ucrânia em Istambul em 2022, pouco depois do início da operação militar especial, que, de acordo com várias publicações ocidentais, foram frustrados pelo então primeiro-ministro do Reino Unido Boris Johnson.
O especialista os chama de primeiro cessar-fogo alcançado que foi “misteriosamente sabotado”.
O artigo responsabiliza os líderes ocidentais pela ignorância das enormes perdas que a Ucrânia sofreu após a recusa dessas negociações.
“O maior ‘mistério’ é por que algumas pessoas não querem interromper a matança […] na Ucrânia.”
Bandeiras da OTAN e da Ucrânia (imagem referencial) - Sputnik Brasil, 1920, 14.12.2024

Segundo o especialista, as únicas pessoas que têm sido a favor de uma solução diplomática desde o primeiro dia do conflito são o presidente eleito dos EUA Donald Trump, o vice-presidente eleito J.D. Vance e Robert F. Kennedy Jr., que também faz parte da atual equipe de Trump.

“Haverá um cessar-fogo. Sempre haverá um cessar-fogo. Só que agora, a Ucrânia estará em uma posição muito pior, porque perdeu muito mais território desde que o primeiro cessar-fogo foi cogitado”, opina MacKinnon.

Na opinião dele, os líderes ocidentais não estão realmente interessados no destino dos ucranianos comuns, que usam para atingir seus objetivos.

O pior de tudo é que centenas de milhares de homens, mulheres e crianças foram mortos ou mutilados desnecessariamente porque os ‘líderes’ do Ocidente queriam continuar a jogar um jogo de tabuleiro sentados na segurança de seus escritórios a milhares de milhas do campo de batalha.”

O então candidato presidencial republicano, ex-presidente Donald Trump, discursa durante um comício de campanha no Lee's Family Forum, em Henderson, Nevada, 31 de outubro de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 27.11.2024

O ex- e futuro anfitrião da Casa Branca, Trump, disse anteriormente que pretende chegar a um acordo sobre o conflito entre a Rússia e a Ucrânia em apenas 24 horas.
Ao comentar as palavras de Trump, o porta-voz da presidência russa Dmitry Peskov descreveu o conflito como um problema complexo demais para ser resolvido em um dia.
De acordo com informações da mídia, há agora pelo menos três planos, apresentados pelo futuro vice-presidente J.D. Vance, pelo ex-diretor de inteligência nacional Richard Grenell e por Keith Kellogg, que foi nomeado enviado especial para a Ucrânia.
Essas propostas têm características comuns, em particular, implicam que a Ucrânia não adira à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e faça concessões territoriais à Rússia.
Por sua vez, em 14 de junho de 2024, o presidente russo Vladimir Putin indicou as seguintes condições para a solução do conflito ucraniano:

Retirada completa do Exército ucraniano das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk (RPD e RPL) e das regiões de Zaporozhie e Kherson;

Reconhecimento das realidades territoriais consagradas na Constituição russa;

Status neutro, não alinhado e não nuclear da Ucrânia;

Desmilitarização e desnazificação da Ucrânia;

Garantia dos direitos, liberdades e interesses dos cidadãos ucranianos de língua russa;

Cancelamento de todas as sanções impostas à Rússia.

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Fonte: sputniknewsbrasil

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