Ações da OTAN anunciadas em cúpula forçarão Rússia a tomar medidas de dissuasão, diz Kremlin


O porta-voz salientou que a infraestrutura militar da OTAN está constantemente se movendo em direção às fronteiras da Rússia.

“É óbvio que a aliança persegue um de seus principais objetivos – a supressão da Rússia a fim de infligir derrota estratégica. Isso nos obriga a analisar muito profundamente as decisões da discussão que ocorreu, a analisar muito cuidadosamente o texto da declaração que foi adotada. Essa é uma ameaça muito séria à segurança nacional do nosso país. Tudo isso exigirá que tomemos medidas de resposta ponderadas, coordenadas e eficazes para deter a OTAN. A OTAN está, de fato, totalmente envolvida no conflito pela Ucrânia“, disse Peskov.

Moscou está pronta para discutir todos os aspectos relacionados à segurança no continente de maneira abrangente, disse Peskov.

“É muito importante lembrar que não discutiremos elementos individuais retirados do contexto geral de segurança. Foi dito pelo [presidente russo Vladimir] Putin que estamos prontos e dispostos a discutir de forma abrangente toda a situação, todos os aspectos relacionados à segurança no continente, com a segurança do nosso país, com garantias de segurança para outros Estados. Mas tudo isso deve ser discutido em um complexo”, afirmou.

Segundo Peskov, há líderes no Ocidente que têm um ponto de vista objetivo sobre a situação na Ucrânia.
“Vemos que há líderes que têm visões mais objetivas, visões mais promissoras. Do nosso ponto de vista, vemos a pressão que eles sofrem”, disse Peskov, acrescentando que é muito difícil para eles entenderem a enorme quantidade de declarações de confronto feitas por outros líderes.
O presidente Joe Biden discursa durante a sessão de abertura da cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) de 2024, em 10 de julho, em Washington, D.C. À esquerda, o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, e à direita, o secretário-geral da aliança, Jens Stoltenberg - Sputnik Brasil, 1920, 10.07.2024

Ao mesmo tempo, Peskov comentou a possível nova cúpula sobre a Ucrânia, dizendo que a mesma “não está clara no momento”.

“As publicações da Bloomberg e de outras agências respeitadas em nosso tempo não podem ser a base para nenhuma estimativa, porque não sabemos até que ponto elas são confiáveis. Hoje, até mesmo a mídia mais respeitada frequentemente publica notícias falsas […]. Não há substância exata sobre essa questão agora”, disse Peskov aos repórteres.

Os oponentes da Rússia na Europa e nos Estados Unidos não são apoiadores da paz e do diálogo na Ucrânia, acrescentou o porta-voz.
“Vemos que nossos oponentes na Europa e nos Estados Unidos não são apoiadores do diálogo. E a julgar pelos documentos adotados na cúpula da OTAN, eles não são apoiadores da paz”, disse Peskov.
A Bloomberg informou na quarta-feira (10), citando pessoas familiarizadas com o assunto, que Kiev gostaria de convocar uma segunda “conferência de paz” antes das eleições nos Estados Unidos em novembro.
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Fonte: sputniknewsbrasil

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