Achado Usado: Honda Civic CRX VTi é mais barato e divertido que Gol GTi


A década de 1990 foi decisiva para o rumo da economia do Brasil e uma época em que começaram a chegar os primeiros carros importados ao país, após a proibição das importações, em 1976. Foram quase 15 anos de jejum até começarem a chover modelos estrangeiros. O Honda Civic foi um deles, chegando inicialmente nas carrocerias hatch, sedã, cupê e, mais tarde, com o icônico targa CRX VTi.

Conhecido como Honda Civic CRX del Sol em alguns mercados, com capacidade para duas pessoas e teto removível automático, o Civic CRX VTi foi importado oficialmente ao Brasil entre 1993 e 1995. É um modelo altamente raro e, portanto, colecionável. No curto período em que aqui foi vendido, enfrentou importados de peso como o roadster Mazda MX5 Miata.

Autoesporte achou um exemplar à venda de um Honda Civic CRX VTi 1993, na elegante cor preta Granada 1005, original, e com direito à cobiçada placa preta. Segundo o vendedor Guilherme Perillo da Alpha Spec (@alphaspec_), especializada em vendas e intermediações de modelos Honda, o esportivo à venda encontra-se com 203 mil km e está com tudo funcionando.

“Este modelo tem uma capota elétrica tipo TransTop e está operando perfeitamente; quem comprá-lo, vai levar todos os manuais com capa original da concessionária e chave reserva originais”, revela o vendedor.

A pedida pelo Civic CRX VTi é R$ 98 mil, nada muito estratosférico se comparado com outros esportivos clássicos, como o nacional Volkswagen Gol GTi da primeira geração, menos raros e com preços acima dos R$ 220 mil. A emoção e o saudosismo dos anos 1990 são os mesmos, mas os gostos, nem tanto!

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Compartilhando a mecânica com o irmão hatch médio VTi, o Civic CRX VTi dispõe do conhecido motor 1.6 16V (conhecido pelo código B16A2) de quatro cilindros com duplo comando de válvulas (DOHC) e sistema de comando de válvulas variável, desenvolvido pela Honda em 1983.

Graças a essa invenção, foi possível conseguir que os motores Honda extraíssem a potência condizente com as altas rotações sem sacrificar o torque a baixos giros. No caso do CRX, ele rende 160 cv de potência a 7.600 rpm, enquanto que o torque de 15,3 kgfm vem aos 7 mil giros (!), graças ao câmbio manual de cinco marchas. Como comparação, um Gol GTi da época tinha 120 cv.

Se no início dos anos 1990 ver um “simples” VTi desfilar pela sofisticada rua Oscar Freire, em São Paulo (SP), era motivo de atenção especial, imagine um CRX VTi ao ar livre! Na maioria dos targa da época, a retirada do teto era feita manualmente. Já no esportivo da Honda, o processo automatizado se encarrega de tudo: com a tampa do porta-malas içada por um mecanismo elétrico, dois braços puxam o teto para dentro do compartimento.

Por dentro, o painel é simples, com os comandos do acionamento da capota e farol auxiliar, além dos interruptores do desembaçador traseiro e pisca-alerta no topo do tabelier. Na parte central ficam os botões da ventilação forçada e ar-condicionado. Escondido por trás da tampa fica o sistema de som.

Uma curiosidade deste targa da Honda é o vigia traseiro com abertura elétrica. O CRX VTi foi importado até 1995, pois, com a sexta geração (1996-2000), a Honda optou por não o fabricar mais com este tipo de carroceria.

No filme estrelado em 2001, o policial Brian O’Conner, interpretado pelo falecido Paul Walker, se infiltra em uma gangue especializada em rachas e roubo de carros esportivos para resolver o caso. Para ganhar a confiança do líder do grupo Dom Toretto (Vin Diesel), o jovem detetive faz de tudo para ganhar a confiança de todos, inclusive da doce irmã de Dom, Mia Toretto (Jordana Brewster).

Em meio a tanta adrenalina, tensão e paixões, no longa-metragem não poderiam faltar os esportivos japoneses, para a alegria da cultura JDM (Japanese Domestic Market ou Mercado Doméstico Japonês, na tradução do inglês). Em meio às cenas, aparecem unidades do Honda Civic para todos os gostos, como hatches, cupês e até um icônico CRX VTi ou CRX del Sol branco.

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Fonte: direitonews

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