Achado usado: Chevrolet Caravan mais nova do Brasil tem preço de S10


A Chevrolet Caravan atrai a atenção de entusiastas e colecionadores até hoje, graças à sua boa reputação no Brasil. Derivada do Opala, nos anos 1980 e 1990, ela disputava a preferência pelo sonho de consumo das famílias junto a Ford Belina e Volkswagen Santana Quantum. Atualmente, a rivalidade delas é pelo maior valor de mercado, mas a da General Motors do Brasil ganha com folga nessa disputa por conta de sua alta valorização.

Autoesporte encontrou uma Chevrolet Caravan Comodoro SL/E 1990 raríssima que está à venda através do renomado Reginaldo de Campinas. Sim, meu caro leitor, trata-se de uma peça de coleção quase zero-quilômetro nesses 35 anos de fabricação. Durante todo este tempo, custa acreditarmos que um exemplar como este simplesmente foi “esquecido no tempo”.

Detalhes como os plásticos originais colados nas soleiras de portas, nos carpetes do assoalho e nos bancos dão os indícios da longa “hibernação” do raro veículo. Os pneus Pirelli P44 195/70 R14 datados com o ano do carro ainda permanecem intactos, apesar do ressecamento. Oferecido por R$ 315 mil, a perua Comodoro SL/E 1990 nunca usada do Reginaldo custa quase o mesmo valor de uma picape S10 High Country 0 km.

“Quando pegamos essa Caravan, na época com 400 km, estava toda coberta de pó e com os pneus murchos em uma garagem coberta. É um carro totalmente sem uso e do jeito que saiu da agência está aqui até hoje nas mesmas condições”, explica o comerciante.

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A Comodoro SL/E do Reginaldo está equipada com motor 2.5 (151) de quatro cilindros a gasolina com a potência de 82 cavalos disponível a partir das 4.400 rpm e torque de 17,1 kgfm a 2.500 rpm. O câmbio é o manual de cinco marchas. Em termos de desempenho, este conjunto motriz é capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em longos 16 segundos, o que denuncia seu peso bruto de quase 1.300 kg. A velocidade final, por outro lado, registrava respeitosos 152 km/h.

Quando o assunto é o consumo, a Station Wagon nunca foi muito amigável. Na cidade, dados da época declararam uma média de menos de 7,5 km/l na cidade e 10 km/l na estrada.

Na parte interna da perua da GM, o veludo que acompanha a forração de portas e bancos estimula o nosso lado mais saudosista e nos faz questionar o porquê de as fábricas não voltarem a revestir seus carros com este acabamento primoroso. O painel de instrumentos, por sua vez, é completo com conta-giros, nível de combustível, temperatura do líquido de arrefecimento e, claro, o velocímetro. Ao centro, um lindo toca-fitas AC Delco faz companhia para o relógio digital.

De série, a Comodoro SL/E traz alarme – aquele que encosta o chaveiro no para-brisa para ativá-lo ou desativá-lo, direção hidráulica e travas, vidros e espelhos elétricos. Já para resfriar a cabine, somente com a ajuda dos — hoje extintos quebra-ventos.

Ainda por dentro, o acesso ao banco traseiro da SW é um pouco complicado para as pessoas mais altas, por conta de ter apenas duas portas e 1,39 m de altura. Porém, o espaço interno proporcionado pelo entre-eixos de 2,66 metros ajuda para que os joelhos não encostem nos bancos dianteiros.

Já os intermináveis 4,81 metros de comprimento exigem certa experiência para manobrar nas vagas mais apertadas. Em contrapartida, isso ajudou a compor incríveis 774 litros de capacidade do porta-malas, bem superior ao da Belina com 569 l e Santana Quantum, que tem 490 l.

Produzida de 1977 a 1992, a versão familiar do Opala teve uma longa jornada no Brasil com inúmeras configurações incluindo a exclusiva SS, lançada em 1978 e tida como a primeira perua esportiva do Brasil. Com suas linhas inconfundíveis, a Chevrolet Caravan tornou-se o um ícone nacional, fato que fez com que acumulasse até o final de sua produção mais de um milhão de unidades vendidas.

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Fonte: direitonews

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