A avaliação foi apresentada por Pedro de Souza Mesquita, coordenador-geral de análise de conjuntura nacional da Abin, durante audiência da Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência, realizada nesta quinta-feira (6).
Segundo Mesquita, a instalação das UPPs em comunidades cariocas levou diversos líderes do CV a deixar o estado, o que contribuiu diretamente para o crescimento da organização criminosa em outras áreas do Brasil. “O ponto de partida desse processo foi uma consequência não prevista do próprio projeto das UPPs”, afirmou o representante da Abin em declaração divulgada pela Agência Brasil.
Mesquita explicou que, ao deixarem o Rio de Janeiro, os chefes da facção buscaram refúgio em estados do Norte e em regiões de fronteira, onde reorganizaram suas estruturas. De acordo com o levantamento da Abin, o Comando Vermelho passou a atuar de forma estruturada em estados como Tocantins, Pará, Rondônia e Santa Catarina, além de manter presença consolidada no Rio.
“Hoje, no Norte, apenas Roraima e Amapá não têm o CV como principal grupo criminoso”, apontou Mesquita. O especialista ainda acrescentou que a facção também tem presença significativa em São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Paraná e Rio Grande do Sul.
A expansão, segundo o coordenador, foi impulsionada por alianças com organizações locais que buscavam conter o avanço do Primeiro Comando da Capital (PCC).
Atuação internacional do PCC
Durante a audiência, Mesquita também destacou que, enquanto o Comando Vermelho amplia sua influência dentro do Brasil, o PCC tem se internacionalizado, em um processo iniciado em 2016.
“Quando falamos em atuação transnacional, o Primeiro Comando da Capital é o exemplo mais evidente. É hoje o grupo que mais impacta a estabilidade do país no cenário internacional“, afirmou.

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Fonte: sputniknewsbrasil






