Conteúdo/ODOC – O prefeito eleito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), afirmou nesta segunda-feira (28) que um dos seus primeiros compromissos será uma reunião com a Câmara Municipal, marcada para esta terça-feira (29). O objetivo é discutir projetos importantes em tramitação, incluindo o Plano Diretor e a Lei Orçamentária Anual (LOA), que estão no radar do novo gestor.
“Temos alguns projetos que precisam de atenção especial da Câmara. Um deles é o Plano Diretor, que contém pontos que nos preocupam”, disse Abílio em entrevista à Rádio Centro América FM.
Abílio também destacou a necessidade de revisar a LOA de 2025, que estima um orçamento de R$ 4,8 bilhões para a Prefeitura. Ele alertou para o risco de superestimação de receitas e despesas. “A LOA está superestimada e isso pode gerar previsões de despesas que o orçamento não vai suportar. Precisamos fazer um ajuste”, explicou.
O novo prefeito também pretende aproveitar a visita à Câmara para agradecer o apoio de parte dos vereadores durante sua campanha eleitoral.
Nesta segunda, Abílio afirmou que seu foco será resolver questões burocráticas da campanha, como a prestação de contas no partido. Após a reunião na Câmara, na terça-feira, o prefeito eleito seguirá para Brasília, onde ainda exerce o cargo de deputado federal. Ele participará de sessões no Congresso até quinta-feira (31).
Enquanto estiver em Brasília, sua equipe em Cuiabá deve avançar na montagem do grupo que vai conduzir o processo de transição de governo.
Abílio também comentou sobre a situação financeira da Prefeitura, que enfrenta uma dívida que pode chegar a R$ 1,7 bilhão. Ele destacou que ainda não tem acesso aos números reais, mas espera obter mais detalhes durante a transição. “Essa dívida varia, pois não sabemos como será entregue o caixa no fim deste ano. Sabemos que há previsões, mas só teremos certeza quando assumirmos a gestão”, afirmou.
De acordo com o prefeito eleito, cerca de R$ 700 milhões da dívida são referentes a precatórios, que já estão judicializados e têm pagamento progressivo. Outros R$ 600 milhões são empréstimos a longo prazo, herdados de gestões anteriores, além de dívidas com o INSS. A dívida direta que a Prefeitura deve enfrentar, segundo Abílio, está entre R$ 350 milhões e R$ 450 milhões.
“O valor varia porque ainda não temos dados precisos. Vamos ter uma noção durante a transição, mas só teremos o quadro completo quando assumirmos a Prefeitura”, explicou.
Abílio também demonstrou preocupação com a situação financeira que será deixada pelo atual prefeito Emanuel Pinheiro. “Precisamos ver se o prefeito atual conseguirá estancar parte da dívida para não entregar a Prefeitura em uma situação tão crítica”, concluiu.
Fonte: odocumento