‘A paz só será encontrada pelo diálogo’, crava Celso Amorim sobre o conflito na Ucrânia à Sputnik


Amorim negou que o Brasil se posicione do lado russo e enfatizou que a busca pela paz deve ser guiada pelo diálogo, ressaltando a neutralidade do país em questões de preferência ou alinhamento entre as nações envolvidas.
Em Buenos Aires, o candidato do MAS à presidência da Bolívia, Luis Arce, posa em frente à Whipala durante encontro com o ex-presidente boliviano, Evo Morales, em 17 de fevereiro de 2020 - Sputnik Brasil, 1920, 31.05.2024

Ele frisou que a posição brasileira não envereda por uma escolha entre Rússia e Ucrânia, mas sim de um esforço genuíno para contribuir para a paz na região.

“O que nós [Brasil] achamos é que, independentemente dos méritos (de ambos os lados que têm que ser levados em conta, mas não são os únicos fatores), a paz só será encontrada pelo diálogo. E o diálogo envolve, necessariamente, as duas partes“, defendeu em declaração à Sputnik.

Amorim destacou a complexidade das circunstâncias que envolvem a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e as preocupações de segurança da Rússia, questões que remontam a tempos anteriores ao comunismo e à dissolução da União Soviética. Segundo ele, esses fatores históricos devem ser considerados para uma compreensão mais ampla do conflito.
“A negociação é indispensável e os princípios da Carta da ONU têm que ser levados em conta no seu conjunto, como tem ocorrido em outras situações, incluindo a questão das autodeterminações dos povos“, acrescentou Amorim.
A bandeira nacional chinesa é vista em uma rua de um antigo bairro enquanto a cidade de Pequim se prepara para o 20º Congresso Nacional do Partido Comunista da China - Sputnik Brasil, 1920, 31.05.2024

Especulações de Zelensky

A fala de Amorim à Sputnik Brasil vem em contraponto às declarações de Vladimir Zelensky à Folha de S.Paulo. Ele insinuou que o Brasil estaria alinhado mais à Rússia do que à Ucrânia.
A entrevista aconteceu em um encontro para jornalistas da América Latina na capital ucraniana, Kiev. A mídia foi convidada pelo Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia.
“Não entendo, não entendo. Diga: por acaso, o presidente Lula, por acaso não quer ter essa aliança? Por acaso o Brasil está mais alinhado com a Rússia do que com a Ucrânia? […]”, indagou.
O encontro com os profissionais de imprensa aconteceu às vésperas da cúpula da suposta “fórmula da paz” proposta pela Ucrânia e organizada pela Suíça, nos dias 15 e 16 de junho.
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Fonte: sputniknewsbrasil

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