“Soube por você que Pelé faleceu. Eu lamento muito. Um ou dois dias atrás, eu li que seu estado de saúde havia piorado. Eu sabia que ele estava gravemente doente […] mas ele sempre conseguia vencer”, afirmou Dzajic à Sputnik.
O ex-jogador sérvio destacou que a grandeza de Pelé permanecerá intocável para ele.
“Os europeus não o viam com frequência, exceto nos campeonatos mundiais, pois não havia transmissões pela televisão. Aos 17 anos, ele trouxe a Deusa Dourada para o Brasil. Ele tinha tanta reputação, tanta popularidade, e ele mereceu tudo isso!”, destacou.
Dzajic enfrentou os brasileiros, inclusive jogou contra Pelé, e se recorda muito bem dos momentos que teve em campo.
“Pelé era um mito, mas para mim era um símbolo do futebol. Joguei contra ele várias vezes. Quando joguei pela seleção mundial, eu tinha 22 anos, jogamos no Maracanã, o estádio estava lotado. Claro, havia jogadores mais famosos do que eu, e quando nos alinhamos no túnel antes de entrar em campo, notei com que reverência Beckenbauer e Yashin olhavam para Pelé. E para eles ele era grande”, disse.
O sérvio também participou da partida de despedida de Pelé pela seleção brasileira contra a Iugoslávia.
“O resultado foi 2 a 2, eu fiz um gol. Mas nada disso importava. Eu vi o quanto o mundo o amava, 90% do estádio chorou, assim como o próprio Pelé. Ele estava em prantos quando se despediu. Também joguei uma partida em Belgrado quando ele entrou em campo. Todos estavam muito interessados. Também me lembro dele antes da partida de despedida na recepção da nossa embaixada no Rio de Janeiro”, lembrou.
Por fim, o ex-jogador lamentou a morte do rei Pelé e enfatizou que a notícia é muito triste para o futebol.
“Pelé se foi, Sinisa [Mihajlovic) antes dele. Muito triste. Pelé era forte, tinha saúde, era sinônimo de poder. Eu pensava que ele nunca morreria, mas…”, concluiu Dzajic.