Em dezembro de 2021, Mohammed Ben Sulayem assumiu o posto de presidente da FIA após a saída de Jean Todt, que estava no cargo há 12 anos. O Emirati foi piloto de rally antes de desempenhar uma função administrativa no automobilismo.
Logo que se tornou presidente, Mohammed precisou lidar com uma das maiores polêmicas já vistas na história da F1, com a decisão do campeonato sob investigação. No relatório divulgado sobre a corrida em Abu Dhabi, ficou constatado o erro do diretor de prova Michael Masi, que foi afastado da posição e depois demitido da instituição.
Com a saída de Masi, a FIA implementou um novo sistema de Direção de Prova na categoria, com dois responsáveis: Niels Wittich e Eduardo Freitas, dos quais se revezavam durante as etapas no calendário. Mas a medida não agradou as equipes, que reclamaram da inconsistência nas decisões.
Ainda, recentemente, Ben Sulayem mudou a regra para manifestações políticas de pilotos e equipes no Código Esportivo Internacional da FIA. Assim, a partir de 2023 qualquer declaração política ou religiosa precisa de permissão prévia.
Na cerimônia de premiação da FIA, que aconteceu no início deste mês, Mohammed relembrou de seu primeiro ano à frente da organização. “Acho que as pessoas pensam: ‘OK, você é o presidente. Você tem o tapete vermelho’”, comentou.
“Quero dizer, há essa parte, é claro, mas então você realmente tem que lidar com os problemas. Você não pode simplesmente fugir e dizer: “OK, vai outra pessoa. Você não pode apenas depender dos outros. Quanto mais você se esforça, mais você pode melhorar”.
Sobre as responsabilidades da FIA, Ben Sulayem apontou como a instituição é complexa. “As pessoas às vezes não entendem. Há muitas pessoas por trás disso, a FIA é complexa. Por quê? Porque se você olhar para outro jogo, como o futebol, veja o regulamento, há um tamanho de gol, há um tamanho de bola.”
“Mas olhe para a FIA. Quando você olha para o kart imagine os regulamentos que o regem. Imagine todas as categorias – esqueça a Fórmula 1, vá para o rally e assim por diante. O desafio é constante, mas é um desafio agradável”, concluiu Ben Sulayem.
