A Mercedes acreditava que chegaria para o teste de pré-temporada no Bahrein no início de 2022 em boa forma, mas teve uma surpresa desagradável.
O W13 apresentou baixo ritmo e principalmente um forte ‘porpoising’, que foi enfrentado por praticamente todas as equipes, mas em menor grau que a Mercedes.
“Quando fizemos o shakedown em Silverstone, estávamos no meio de uma tempestade, e foram as piores condições em que já rodamos um carro”, disse o diretor de engenharia da Mercedes, Andrew Shovlin, à Autosport. “Isso certamente não permite um shakedown muito claro e sensato para um dia de filmagem.”
“Mas aquele carro, o que levamos para Barcelona, os pilotos podiam ficar tontos com os saltos e estávamos rodando com o carro muito alto de qualquer maneira, devido ao clima e visto que era a primeira ida para a pista em condições melhores”, disse ele.
“Na época, a melhor coisa que poderíamos fazer era apenas levantar o carro, abrir mão do desempenho e administrá-lo dessa maneira. Esse carro foi definido muito, muito antes no programa de desenvolvimento do que no pacote de corrida.”
“Mas a questão na época em Barcelona, foi que pensamos: ‘Não somos os mais rápidos, mas não achamos que estamos em uma posição ruim’, porque esperávamos somar um bom desempenho com aquele pacote do Bahrein. O problema era que, quando o instalamos, o ‘porpoising’ estava em outro nível. A maior parte do desempenho que pretendíamos adicionar não se materializou porque tivemos que levantar o carro ainda mais e, nesse ponto, você não conseguia se livrar dos ‘saltos’,” acrescentou.
Embora essas dificuldades iniciais significassem que a disputa pelo título não seria possível, os últimos estágios da temporada 2022 foram muito mais promissores.
O destaque indiscutível foi a dobradinha da equipe no Brasil, a única vitória do time na temporada, além de ter sido a primeira vitória de George Russell na Fórmula 1.