Previsto para 13 de janeiro próximo, o conselho de administração da B3 (B3SA3) aprovou, nesta terça-feira (20), a distribuição de R$ 370,1 milhões em juros sobre capital próprio (JCP), o que corresponde, em valor bruto, a R$ 0,06382260 por ação e em valor líquido, a R$ 0,05424921 por ação.
Para a formação do JCP, foi considerada como base de cálculo a posição acionária em 29 de dezembro deste ano, além da data de 2 de janeiro de 2023 para efeito dos papéis negociados ex-JCP.
Saques – Na última sexta-feira (16), quando o Ibovespa fechou em -0,85%, os saques de investidores no mercado secundário da B3 chegaram a R$ 8,65 milhões. Ainda assim, esse segmento ainda exibe superávit de R$ 92,2 bilhões no ano e saldo positivo mensal de R$ 5,15 bilhões. No mesmo dia, o investidor institucional sacou um montante de R$ 1,44 bilhão. Neste caso, o saldo negativo este ano já soma R$ 132,17 bilhões, mediante saques de R$ 10,2 bilhões neste mês.
Em contrapartida, no último dia útil da semana passada, o investidor individual ingressou com R$ 553,1 milhões na B3, o que serviu para a redução de seu déficit no ano para R$ 223,2 milhões, em que o superávit mensal passou a R$ 1,97 bilhão.
Quantidade cai – À medida que se acentua a saída de recursos da bolsa brasileira, esta observa a redução do número de empresas com ações no Ibovespa, que caiu de 463 para 449, do final do ano passado a novembro último – menos 14.
A tendência é bem diversa da apresentada entre os anos de 2020 e 2021, quando houve a estreia de 73 ações na B3, atraídas pelo baixo patamar das taxas de juros de então, em que os investidores buscavam auferir rentabilidade, até porque os papéis estavam muito mais baratos, em decorrência do ‘tombo’ provocado pela pandemia.
Tal cenário é bem distinto do atual, em que os juros (da taxa básica, a Selic) foram ‘catapultados’ de 2% ao ano para um patamar próximo de 14% ao ano, ante um perfil de investidor que busca a segurança proporcionada pela renda fixa (como medida de proteção contra a alta volatilidade do mercado de capitais), sem contar as incertezas fiscais e riscos adicionais de um provável novo aperto monetário por parte do Banco Central (BC).
No front externo, persistem desafios, como a continuidade da guerra na Ucrânia, escalada inflacionária nos EUA e na Europa e a informação dos respectivos bancos centrais, no sentido de prosseguir com a elevação dos juros, sem contar entraves da pandemia, impostos à China, segunda maior economia do planeta.
Fonte: capitalist