Ao mesmo tempo, Bibi, como é conhecido o líder do Likud, acusou a publicação de “enterrar o Holocausto por anos em suas últimas páginas e demonizar Israel por décadas“. Netanyahu também afirmou que, agora, o jornal “apela vergonhosamente para minar o novo governo eleito de Israel”.
“Enquanto o NYT continua a deslegitimar a única verdadeira democracia no Oriente Médio e o melhor aliado dos Estados Unidos na região, continuarei a ignorar seus conselhos infundados e, em vez disso, focar na construção de um país mais forte e próspero, fortalecendo os laços com os Estados Unidos, expandindo a paz com nossos vizinhos e garantindo o futuro do único Estado judeu”, escreveu o líder israelense.
No artigo, a mídia norte-americana disse que as posições do novo governo “podem tornar militar e politicamente impossível o surgimento de uma solução de dois Estados”, e pediu ao governo Biden que “faça tudo o que puder para expressar seu apoio a uma sociedade governada por direitos iguais e pela Estado de Direito em Israel“.
“O novo gabinete que [Netanyahu] está formando inclui partidos radicais de extrema direita que pediram, entre outras coisas, a expansão e a legalização dos assentamentos de uma forma que tornaria efetivamente impossível um estado palestino na Cisjordânia; mudar o status quo no Monte do Templo, uma ação que corre o risco de provocar uma nova rodada de violência árabe-israelense; e minar a autoridade da Suprema Corte de Israel, liberando assim o Knesset, a legislatura israelense, para fazer o que quiser, com pouca restrição judicial”, alertou o artigo do New York Times.
Netanyahu, que já foi premiê de Israel por 12 anos, voltou ao poder através do pleito feito em novembro após o ex-primeiro-ministro, Naftali Bennett, anunciar em junho que sua coalizão seria dissolvida e o país teria novas eleições, conforme noticiado.