Ante à fraqueza da cotação internacional do dólar; perspectiva de um aperto monetário ‘mais moderado’ por parte do Federal Reserve (Fed) – o banco central dos EUA – e elevação, pela Agência Internacional de Energia (AIE) das projeções de oferta e demanda globais da commodity, neste ano e no próximo, o petróleo pegou impulso, nessa quarta-feira (14), fechando em alta de 2,51% (+US$ 1.89) na New York Mercantile Exchange (Nymex), caso do barril do petróleo WTI, cotado a US$ 77,28, enquanto o Brent para fevereiro subiu 2,5% (+US$ 2,02) na Intercontinental Exchange (ICE), com cotação de US$ 82,70.
O referido aperto moderado do Fed ficou patente pela sua decisão recente, no sentido de aumentar em apenas meio ponto percentual o juro básico do país ianque. O tom moderado do presidente do Fed, Jerome Powell acabou esvaziando o ímpeto altista da divisa americana, abindo margem para o movimento ascendente do petróleo, em meio a um cenário positivo para a commodity.
Reforçando a tendência positiva para a matéria-prima energética, relatório mensal da AIE projeta aumento de 140 mil barris/dia (bpd) – da demanda global pelo petróleo este ano, a 2,3 milhões de bpd, e elevação em 100 mil bpd em 2023, a 1,7 milhão de bpd.
Tendência altista também foi observada na declaração do Departamento de Energia (DoE), que admitiu que os estoques da commodity nos EUA subiram mais de 10 milhões de barris nesta semana, o mesmo ocorrendo com os estoques de gasolina. No momento, o foco do mercado está voltado ao posicionamento da AIE quanto aos estoques do petróleo, assim como quanto aos movimentos da Opep+, que reúne os maiores produtores mundiais do insumo.
Na avaliação de analistas, “embora ambas as organizações tenham reduzido suas previsões para os próximos meses, ambas esperam que a demanda se mantenha bem. Concordamos amplamente e pensamos que o crescimento da demanda por petróleo estagnará, não entrará em colapso”.
No paralelo, há notícia de que a Rússia vendeu petróleo à Índia a um preço abaixo do máximo de US$ 60, fixado como teto pelo G7 e nações aliadas, que não inclui o país da Ásia Meridional.
Fonte: capitalist