Em face do novo regulamento técnico nesta temporada, as equipes acabaram se deparando com os fenômenos de “bouncing” e “porpoising”, os quais não eram perceptíveis nas simulações de túnel de vento.
O problema em questão se refere aos pulos/quicadas dos carros no contato com o solo em alta velocidade. A partir do momento que os pilotos começaram a reclamar dos efeitos sentidos no cockpit, a FIA decidiu intervir por questões de segurança.
O órgão regulador aplicou uma nova diretriz técnica, a TD039, na qual media a força das acelerações verticais e qualquer carro que excedesse o nível máximo permitido teria que fazer alterações.
Para 2023, a FIA, visando sanar os “pulos” dos carros, estipulou uma alteração no regulamento, na qual as bordas do assoalho devem ser aumentadas para 15 milímetros. Algumas equipes não estiverem de acordo com a medida, uma vez que não sofriam com os problemas de bouncing e porpoising, mas Nikolas Tombazis, diretor de monopostos da FIA, afirmou que “não há dúvida” de que as mudanças nas regras são justificadas.
A Mercedes foi de longe o time que mais sofreu com as quicadas na pista. Apesar de evoluir ao longo das etapas e os saltos do W13 diminuírem, durante a corrida em Abu Dhabi foi possível observar que o carro ainda sofria com o bouncing.
Para Toto Wolff a etapa serviu como um “lembrete importante” de que o problema ainda persiste e precisa ser resolvido. “Você chega à conclusão de que não é mais um problema e então encontra uma pista, que nem é a pior em termos de bouncing e porpoising, e os saltos e a má condução estão de volta”, explicou Wolff.
Com a intervenção da FIA e as mudanças no regulamento para a próxima temporada, espera-se que a Mercedes acerte o carro e volte às disputas por vitórias novamente.