Nesta temporada, George Russell fez sua estreia em sua equipe de ponta, mas o britânico acabou se unindo a Mercedes em um momento crítico para a octacampeã, no qual acabou passando longe da filosofia de carro correta para a disputa do campeonato.
Desde 2019 na Williams, Russell já sabia o que era ter um carro que não estivesse ao seu favor, o que contribuiu para o amadurecimento do piloto. Isso foi refletido na posição final do campeonato deste ano, em que George terminou em quarto à frente de seu companheiro de equipe.
Em conversa com o The Race, o piloto da Mercedes afirmou nunca ter duvidado de seu potencial: “Nunca duvidei de mim mesmo. Sempre acreditei em mim. Mas se você pensar ‘Vou vencer Lewis Hamilton 95% das vezes’, ficará desapontado.”
“Ainda preciso me concentrar em mim mesmo, porque ainda acredito que, se tiver o carro sob meu controle, o acerto e os pneus no lugar certo, funcionando como quero, posso vencê-lo e posso vencer qualquer outro neste grid. E essa é a crença que você deve ter”, enfatizou o britânico.
Mesmo com essa mentalidade, Russell acabou tendo alguns resultados negativos e, em certas ocasiões, ficou atrás de Hamilton. “Da mesma forma, olho para essas corridas e acho que se os pequenos detalhes fossem um pouco diferentes, eu poderia estar na frente”, argumentou sobre a questão.
“Ele se classificou melhor em Montreal, mas se eu continuasse com os pneus de chuva, provavelmente estaria na frente e terminaria no pódio.” No Canadá, Hamilton foi terceiro colocado, seguido por Russell.
“Na Áustria tive uma pequena colisão com Checo, provavelmente estaria no pódio em vez de Lewis. Silverstone, quem sabe o que poderia ter acontecido, estava muito apertado lá.”
“Foi muito interessante como tudo parecia fluir em minha direção no início do ano, então, provavelmente no meio do campeonato, as coisas começaram a fluir mais na direção dele [Hamilton]. As coisas meio que se equilibraram um pouco.”
“Mas eu olho para trás naqueles tempos e reconheço que precisava deles para aprender mais sobre mim e ver como posso melhorar ainda mais. É por isso que estou tão feliz por ter Lewis como meu companheiro de equipe, porque sinto que estou em um nível muito forte, mas ele está me pressionando para ser ainda melhor”, concluiu Russell.