F1: Presidente da FIA revela déficit de US$ 20 milhões e processo judicial em seu primeiro ano no cargo


Após completar um ano como presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem revelou alguns desafios que precisou enfrentar desde que assumiu o cargo, como um déficit de US$ 20 milhões [cerca de R$ 104 milhões] da instituição e um processo judicial. 

A questão na justiça se refere a uma possível violação de patente por parte do órgão  regulador com a implementação do halo em 2018. Um processo foi aberto nos Estados Unidos pelo referido criador da tecnologia, Jens H. S. Nygaard.

“Imagine-se sendo eleito para o cargo depois de todos esses anos de tentativas, todo mundo em festa na noite do dia 17 [dezembro]. Aí você vai ao escritório no dia 18 às 10 horas da manhã e a primeira coisa que você encontra são seus advogados, e eles dizem que você tem um grande processo judicial com o halo”, revelou Mohammed ao Motorsport. 

“Não podemos falar muito sobre isso, mas a sensação que tive não foi boa. Mas você segue em frente,[o processo] é enorme, mas estou muito feliz que há um mês isso tenha sido esclarecido.”

“Foi um grande fardo sobre meus ombros, porque, como presidente, isso teria nos afetado de uma forma muito legal e financeira. Agora ficou para trás e o halo é patenteado pela FIA, então isso é bom.”

Com recursos financeiros sendo dirigidos para resolver a questão judicial e a necessidade da FIA em se recuperar da pandemia, Ben Sulayem afirmou que havia um déficit de U$ 20 milhões nas contas. O que explica o fato da instituição ter contratado pela primeira vez em sua história um CEO [Diretor executivo].  

“Houve um problema financeiro que não sabíamos. Tínhamos um déficit, mesmo antes da pandemia, mas estou satisfeito por ter sanado isso. Nunca tivemos um CEO durante 118 anos e se quisermos lidar com os desafios que estão acontecendo, não posso ir e microgerenciar. Quando você apela para um CEO, você lida com as políticas, a gestão da estrutura, o funcionamento diário da FIA e sobre as finanças”, apontou Mohammed.

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