Estudantes de pós-graduação chineses inventaram um casaco simples e barato que pode esconder o corpo humano, de dia ou de noite, de câmeras de segurança guiadas por inteligência artificial.
O casaco InvisDefense pode ser visto por olhos humanos, mas é coberto por um padrão que “cega” as câmeras durante o dia e envia sinais de calor incomuns à noite, de acordo com a equipe de cientistas responsável pelo seu desenvolvimento.
O trabalho vem colecionando prêmios na China e ganhou um concurso patrocinado pela Huawei, escreve o jornal South China Morning Post. O projeto foi supervisionado pelo professor Wang Zheng, da escola de ciência da computação da Universidade de Wuhan.
“Atualmente muitos dispositivos de vigilância podem detectar corpos humanos. As câmeras na estrada têm funções de detecção de pedestres e os carros inteligentes podem identificar pedestres, estradas e obstáculos. Nosso InvisDefense permite que a câmera capture você, mas não pode dizer se você é humano”, disse Wang.
Durante o dia, as câmeras geralmente detectam corpos humanos por meio de reconhecimento de movimento e reconhecimento de contorno.
Com um padrão de camuflagem especialmente projetado em sua superfície, o InvisDefense pode interferir no algoritmo de reconhecimento da máquina, “cegando” efetivamente a câmera para que ela não possa identificar o usuário como uma pessoa.
À noite, a câmera rastreia corpos humanos por meio de imagens térmicas infravermelhas. Módulos de controle de temperatura de formato irregular aninhados na superfície interna do InvisDefense criam um padrão de temperatura incomum que confunde a câmera infravermelha.
Outra vantagem do InvisDefense é seu baixo custo. “O conjunto completo do InvisDefense é inferior a US$ 70 [R$ 369,59]”, disse Wang.
“Este é o primeiro produto do setor que pode evitar a detecção de pedestres em público e não levantar suspeitas aos olhos humanos. Por meio de testes no campus, a precisão da detecção de pedestres pode ser reduzida em 57%, e esse número pode ser ainda maior no futuro”, disseram os cientistas.
Fonte: sputniknewsbrasil