O ex-piloto de F1 e atual comentarista, Martin Brundle, questionou se a Ferrari tem o plano certo para a próxima temporada, agora que Mattia Binotto está deixando a equipe. O comentarista da Sky Sports participou de em um evento para o Guild of Motoring Writers, onde a Autosport o questionou sobre sua opinião sobre a situação na Ferrari.
Binotto entregou sua carta de demissão para a Ferrari na última semana, depois que já há algum tempo circulavam rumores de que os dois lados se separariam no final de 2022. O próprio Binotto se demitiu, pois supostamente não sentia mais a confiança da alta direção da Ferrari.
As chances da Ferrari para o próximo ano irão depender também do sucessor de Binotto, mas acima de tudo da rapidez com que essa pessoa pode intervir e começar a moldar a equipe. Segundo a própria Ferrari, um anúncio oficial sobre o substituto de Binotto, só será divulgado no início do próximo ano, mas Brundle acha que é essa uma escolha estranha.
“Eles perderam o chefe dequipe, então, a menos que tenham alguém muito, muito bom para substituí-lo imediatamente, tudo parece um pouco estranho”, disse Brundle na Sky Sports. “Você trabalha na Ferrari não apenas para uma equipe, mas para todo um país”, acrescentou.
A Ferrari tenta voltar ao topo há anos, mas não conquista um título desde 2008. De acordo com Brundle, isso se deve principalmente à abordagem que a Scuderia adota ao formar a equipe.
“Eles querem alguém que fale italiano. E acho que o problema é que, se você olhar para trás, quando eles tiveram sucesso pela última vez, eles tinham um francês, Jean Todt, um britânico, Ross Brawn, um sul-africano, Rory Byrne e assim por diante. Talvez seja disso que eles precisem novamente, algo assim, pessoas que não estejam completamente expostas à mídia italiana diariamente”, concluiu Brundle.
Independentemente de quem a Ferrari vai colocar como substituto de Binotto, toda a estrutura da equipe talvez precise ser revisada, principalmente porque a Red Bull deve continuar forte na próxima temporada, e a Mercedes também vem uma linha de recuperação e evolução.
