F1: Jornalista italiano diz que Binotto nunca teve apoio do atual CEO da Ferrari


Segundo o jornalista italiano Leo Turrini, o agora ex-chefe de equipe, Mattia Binotto, foi um ‘legado’ do falecido CEO da Ferrari, Sergio Marchionne, e nunca teve apoio do atual presidente da empresa, John Elkann.

A Ferrari anunciou na terça-feira que aceitou a renúncia de Binotto como chefe da equipe de F1, encerrando uma carreira na Ferrari que durou quase três décadas. Binotto assumiu o cargo de chefe da equipe em 2019, quando substituiu Maurizio Arrivabene.

Mas com apenas sete vitórias em 82 GPs e uma busca pelo título em 2022 que se tornou um fracasso, principalmente devido a erros de estratégia e falhas de confiabilidade, seus dias no comando do time terminaram.

Turrini, que tem fortes ligações com a Ferrari, acredita que a decisão sobre a saída de Binotto já estava definida há muito tempo.

Ele disse ao calciomercato.com: “Binotto como chefe do departamento de corrida de Cavallino foi um legado de Marchionne. O falecido Sergio não adorava Arrivabene e por isso tomou essa decisão. Mas John Elkann nunca se envolveu com Binotto. Eles eram como água e óleo. E todo mundo sabia disso”, acrescentou.

No início deste ano, os rumores da saída de Binotto começaram a ganhar força. Elkann deu uma entrevista recente sobre o chefe de sua equipe, dizendo que, ‘embora não estivesse satisfeito com os resultados, confiar em Binotto e em sua equipe, foi a escolha certa’.

Turrini diz que nem tudo dependia de Elkann, pois Binotto também tinha seus defeitos, incluindo uma ‘tendência discreta de delírio de onipotência’. Por exemplo, Mattia deveria ter aparecido menos e gerenciado melhor a mídia.

“Mas ele nunca teve o apoio de seu presidente em grandes questões. Já ouviu uma palavra de Elkann sobre o limite de orçamento da Red Bull? Zero”, acrescentou. “Não houve apoio real. O presidente não acreditava em seu gerente principal”, afirmou Turrini.

Mas é provável que Binotto não fique longe da Fórmula 1 por muito tempo. Segundo as mais recentes informações, o italiano já está em negociações com a Audi, que vai entrar oficialmente na Fórmula 1 em 2026, quando se juntar à equipe Sauber.

“Em breve, Binotto estará a serviço da concorrência”, disse o jornalista italiano. “Sei que ele está conversando com a Audi, que entrará na F1 em 2026”, acrescentou.

A Ferrari por sua vez, estaria conversando com o atual chefe da equipe Sauber-Alfa Romeo, Fred Vasseur, mas não parece que Turrini seja um grande fã do francês.

“Ele é francês como o lendário Jean Todt, mas eles só têm o passaporte em comum”, disse ele. “E aqui eu paro.”

Ele também não descartaria o retorno de Arrivabene à Ferrari, depois de deixar a Juventus, enquanto também sempre foi a favor do ex-presidente da Juventus, Andrea Agnelli, que deixou o clube de futebol ao mesmo tempo que Arrivabene.

De qualquer maneira, teremos que aguardar um pouco para saber quem será o substituto de Binotto, com a Ferrari afirmando que fará um anúncio oficial apenas em janeiro.

 

 

 

 

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