“Não é à toa que esses países aparecem nos primeiros lugares. São grandes potências nucleares e, por mais que muitos analistas discutam sobre os números de ogivas nucleares, esses Estados não precisam de muitas ogivas. Não são necessárias muitas ogivas para se destruir o planeta”.
“A Rússia foi a grande herdeira da União Soviética, o que fez com que ela herdasse sistemas de defesa, muitos ornamentos, tanques, aviões e a tecnologia para continuar produzindo e vendendo. A Rússia conta com o capital que vem do petróleo e do gás e é uma das maiores exportadoras de armamentos do mundo.”
“O número de pessoas que a China tem, o potencial de um exército gigantesco faz muita diferença, sim. Obviamente, para manter um exército muito grande há necessidade de muito capital, o que a China tem de sobra”, aponta Gama.
“A Índia é um dos maiores exportadores e importadores de armas da Rússia, por exemplo, e também é um grande parceiro comercial dos Estados Unidos. A Índia também possuía esse potencial de pessoas, isso ainda é muito importante, mesmo em cenários de que nós falamos de guerra cibernética ou de conflitos em que na verdade as pessoas não estão presentes, com o uso de drones e tecnologia similares”.
“Existem muitas variáveis que podem implicar na força de cada país. O que se pode dizer como constante é o potencial militar deste momento, o qual deriva do tamanho da população e capacidade industrial”, diz Albuquerque.
“Ainda temos um claro déficit na área militar, especialmente de blindados e aviões. Não à toa existem muitas áreas de fronteiras, especialmente na Amazônia, que são muito difíceis de serem controladas e que o Brasil realmente não dá conta”, avalia a analista.
“Acredito que a modernização de algumas áreas da capacidade militar deve ser realizada sim, mas acredito que haja um limite para isso. Afinal, não vejo porque nós nos armarmos demais e acabar sendo vistos pelos nossos vizinhos como uma potencial inimigo. Então, acredito que o Brasil possa melhorar a capacidade militar, sim, mas para fins de defesa onde é extremamente necessário. Afinal de contas, não há necessidade também de aumentarmos muitos nossos gastos militares quando nós temos tantos outros problemas para serem resolvidos”.
“O país tem se desindustrializado e falta tecnologia e treinamento das tropas. E o Brasil precisa reformar suas Forças Armadas. Antes de ter o armamento necessário, é preciso organização e uma mudança no plano estratégico, que ainda acredita na doutrina do inimigo interno, o que na prática coloca o exército em conflito com o próprio povo.”
Fonte: sputniknewsbrasil