‘OTAN deve permanecer dentro de seus limites geográficos’, diz China após declarações de Stoltenberg


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Nesta quarta-feira (23), a chancelaria chinesa, através o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, disse que a OTAN deve permanecer dentro de seus limites geográficos e não exceder a autoridade da aliança ao impor suas próprias regras a outros Estados, como vem tentando fazer desde o fim da Guerra Fria.

“A OTAN estendeu sua cláusula de defesa coletiva aos domínios do ciberespaço e do espaço sideral, que devem ser tratados pela ONU e instituições internacionais especializadas. Também intensificou a intervenção em uma ampla gama de domínios civis, incluindo mudanças climáticas, infraestrutura, inovação tecnológica, cadeias de abastecimento, saúde e energia.”

O porta-voz acrescentou que “como uma organização regional, a Aliança Atlântica precisa permanecer dentro de seus parâmetros geográficos e não tentar impor regras que se adequem ou tentar forçar ou mesmo cruzar a fronteira”, disse o diplomata em coletiva de imprensa hoje (23).
Na segunda-feira (21), o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, disse que Pequim busca fortalecer seu controle sobre infraestrutura crítica, cadeias de suprimentos e setores industriais importantes dos países ocidentais, acrescentando que os Estados supostamente autoritários devem ser impedidos de usar as fraquezas do Ocidente para realizar atividades subversivas.
Soldados dos EUA fazem treinamento com sapatos especiais para uso na neve, em treinamento chamado Luz do Ártico, em 2012 (foto de arquivo) - Sputnik Brasil, 1920, 18.10.2022

Zhao também rebateu a fala de Stoltenberg afirmando que nos últimos anos Pequim estabeleceu cooperação positiva e igualitária com países e empresas em várias regiões, incluindo Estados-membros da OTAN. Segundo o porta-voz chinês, essa interação foi benéfica para todos os lados.
Ao mesmo tempo, o representante do MRE chinês disse que trazer diferenças ideológicas, sistemas de valores e traçar linhas divisórias na cooperação econômica não apenas prejudicará os interesses comuns da comunidade internacional, mas também será um “tiro pela culatra”, complementou.
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