“Os especialistas coletaram amostras ambientais, que é a ferramenta mais importante à disposição da AIEA. Essas amostras foram enviadas para laboratórios certificados”, disse Ulyanov.
Segundo ele, “tudo dependerá da velocidade do trabalho de cada um dos laboratórios, que atuam de forma independente”, mas “os resultados das amostras provavelmente serão conhecidos no final de dezembro ou no início de janeiro“. Somente então, afirma, “será possível dar uma resposta mais ou menos contundente sobre se uma ‘bomba suja’ foi criada ou não nesses três locais”.
No final de outubro, o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, alertou países ocidentais sobre as preocupações de Moscou quanto à preparação de uma “bomba suja” na Ucrânia. As autoridades ucranianas negaram as alegações.
Após visita à Ucrânia, a AIEA informou, em 3 de novembro, que não havia identificado nenhuma “atividade nuclear não declarada” no país.
Anteriormente, porém, em 27 de outubro, o representante permanente da Rússia na Organização das Nações Unidas (ONU), Vassily Nebenzia, alertou o chefe da AIEA, Rafael Grossi, que Kiev estaria desenvolvendo as “bombas sujas” em outros locais além daqueles que a missão da AIEA havia sido convidada por Kiev a visitar.
De acordo com Ulyanov, a investigação da AIEA sobre instalações ucranianas foi bastante superficial. Segundo ele, a averiguação da agência durou apenas algumas horas.
“Acredito que ninguém esperasse que a ‘bomba suja’ estivesse esperando pelos inspetores na praça central da fábrica de processamento“, disse Ulyanov a repórteres durante sua visita às Nações Unidas, em Nova York.
Uma bomba suja é uma combinação de explosivos, como dinamite ou projéteis radioativos. Diferentemente de uma arma nuclear, uma bomba suja não pode gerar uma explosão atômica. Contudo, isso não significa que seja inofensiva.
Com o artefato, dinamite e outros explosivos são usados para dispersar poeira radioativa, fumaça ou outro material com o objetivo de provocar uma contaminação radioativa.
Fonte: sputniknewsbrasil